segunda-feira, 29 de junho de 2009

UTOPIA REALIZADA

"Deliciosa fantasia: um Mohammed de mãos suaves, operário de fiação, me afirma que a mesquita dos judeus fica apagada no sábado; mostra-a para mim: é a igreja dos capuchinhos espanhóis; os judeus, diz ele, usam-na (emprestada) para seus ofícios".

Roland Barthes, Incidentes (1987).

domingo, 28 de junho de 2009

Rain in the Sahara

In Saharan heat
raindrops fall but evaporate
before reaching the ground.

In rainstorms people
stand on tall ladders
arms outstretched
toward a thousand
tiny cool touches
that never arrive.

By David Thornbrugh

sábado, 27 de junho de 2009

JORGE LOVISOLO, FILÓSOFO ARGENTINO CONTEMPORÂNEO

INFLUENZA SUINA
Es el terrorismo biológico científicamente ensayado en los laboratorios de ingeniería genética del Imperio pragmatista y su escudero: el positivismo socialdemócrata europeo.Creo que es urgente redefinir la"biopolítica" tal como fue elaborada inicialmente por Foucault y luego retomada por Giorgio Agamben y Roberto Esposito.¿Qué fines persigue el Norte con la Influenza después del derrumbe del modelo neoliberal? ¿Qué pasa después que lo político ha sido desplazado por el mercado? ¿Cómo sosegar las inclinaciones hedonistas de una pequeña-burguesía socialdemócrata súbitamente privada del consumo, del turismo (nueva forma del colonialismo), de la zozobra provocada por la inestabilidad laboral,etc.? ¿Cómo se las arreglarán los caballeros de las finanzas -hasta hace poco beneficiarios del capital usurario custodiado en las entidades crediticias-, para convencer a los consumistas defraudados que ellos no son responsables del fracaso del sistema, fracaso que los ha despojado de sus privilegios? 1. La ingeniería genética del Imperio produce virus letales y los inocula a escala planetaria.2. En la población estalla el pánico por temor al contagio: el pequeño-burgués se retira del mercado, suspende los viajes turísticos a los países infectados, en fin, se acabó la fiesta.3. Cada cual se encierra en su casa, se pone el chaleco de datos generador de un medio ambiente virtual portátil y, así, veranea sin abandonar su domicilio. Él no va al paisaje, el paisaje viene a él y la naturaleza se arrepiente de haberse molestado por tan poca cosa.Este encierro refuerza un nuevo tipo de individualismo, hasta ahora inexistente.4. Este encierro voluntario no implica ningún costo para el. sistema: el encerrado autofinancia el control mediante celulares, correo electrónico, Internet, etc.De este modo, la pequeña-burguesía al autorrecluirse y privarse del consumo, desrresponsabiliza a los operadores del sistema que condujo a la catástrofe.El nazismo está en pleno apogeo. Hemos llegado a su fase superior. Pero hoy los opulentos opresores neo-nazis pueden prescindir de la ideología concentracionaria, pues las nuevas teletecnologías permiten un control al aire libre -como dice Paul Virilio.La Influenza Suina, una vez fracasado el sistema financiero, es la estrategia científica que colabora en la división social del trabajo del nuevo régimen de dominación neo-nazi.Con la Influenza, el Imperio acaba de dar un Golpe de Estado a escala planetaria. El mundo está en estado de facto: es un descomunal sanatorio y sus huéspedes somos muertos diferidos. El "estado de excepción" es la regla -decía Walter Benjamin.Un abrazo.Jorge

QUETZAL

AVE TREPADORA DA AMÉRICA DO SUL, QUE MORRE QUANDO PRIVADA DE LIBERDADE; RAIZ E ORIGEM DE QUETZALCOATL (SERPENTE EMPLUMADA COM PENAS DE QUETZAL, HERÓI EPÔNIMO DOS TOLTECAS, CUJA ALMA, SEGUNDO REZA A LENDA, TERIA SUBIDO AO CÉU SOB A FORMA DE ESTRELA DA MANHÃ.

COMO A AVE QUE VOLTA AO NINHO ANTIGO: CRÔNICA SOBRE A 12ª. RODA DE LEITURA ROSEANA MURRAY

COMO A AVE QUE VOLTA AO NINHO ANTIGO: CRÔNICA SOBRE A 12ª. RODA DE LEITURA ROSEANA MURRAY


No dia 17 de junho deste Ano da Graça de 2009, ocorreu a 12ª. Roda de Leitura, promovida, em sua casa, em Saquarema-RJ, pela escritora Roseana Murray. Como andava louco de saudades da tertúlia frente ao mar da Vila, visto que faltara, física, mas não literariamente, ao encontro anterior, fui o primeiríssimo a chegar, tomando para mim todas as atenções do casal Juan Arias/Roseana, que sabe acolher e cultivar as “grandes amizades”, como escreveria Raïssa Oumansoff Maritain (1883-1960), esposa do filósofo tomista francês Jacques Maritain (1882-19173); eu haveria de ser também o último participante a deixar o recinto, podendo, assim, perceber respostas, reações, ressonâncias de mais um supimpa café literário.
Em meu vetusto e vertiginoso coração, relembrava um sublime soneto parnasiano do carioca Luiz Guimarães Júnior (1847-1898), que, em minha infância mineira, eu adorava:

Visita à casa paterna

Como a ave que volta ao ninho antigo
Depois de um longo e tenebroso inverno,
Eu quis também rever o lar paterno,
O meu primeiro e virginal abrigo.

Entrei. Um gênio carinhoso e amigo,
O fantasma talvez do amor materno,
Tomou-me as mãos, olhou-me grave terno,
E, passo a passo, caminhou comigo.

Era esta a sala... (Oh! se me lembro! e quanto!)
Em que da luz noturna à claridade
Minhas irmãs e minha mãe... O pranto

jorrou-me em ondas... Resistir quem há-de?
Uma ilusão gemia em cada canto,
Chorava em cada canto uma saudade.

Para minha volta ao lar poético, enverguei um ponche andino, com as cores da cidade de Salta, na Argentina, de onde eu acabava de chegar de um périplo cultural: o vermelho de todo o tecido simboliza o sangue dos índios assassinados, ao passo que as listras negras representam o luto e os inúmeros fios de franja remetem à infinidade de aborígenes mortos. Sentia-me um escriba sacro, descendo dos Andes.

Aos poucos, a mansão se foi locupletando de professores e alunos da Rede Municipal de Saquarema, sendo a Professora Dodora (eis uma linda rima) a representante da Secretaria de Educação e Cultura. Daquela feita, duas escolas participavam: “Luciana Santa Coutinho”, do Porto da Roça (meu amado bairro, com nome tão poético), e “Edílson Vignoli Marins”, do Rio da Areia (são lindos os nomes dos nossos bairros: Rico Seco, Gravatá, Itaúna, Boqueirão, Rio das Flores...). Lembro-me de que, quando, há quase 30 anos, vim morar, de mala, cuia e filho, em Saquarema, detestei o nome de minha rua; então, um professor da UFRJ, onde, na época, eu cursava o mestrado em Teoria Literária, quis consolar-me, sugerindo-me: “pense que é o nome de algum árcade... “.
Para início de leitura, ou melhor, de conversa, Roseana Murray lembrou aos professores a existência, desde 2002, da portaria municipal, única no Brasil e engendrada por iniciativa dela própria, que estabelece, como tarefa hebdomadária em todas as escolas municipais, uma roda de leitura, no tempo de aula, usando-se texto de qualquer gênero, mas sempre literário, sem avaliação alguma e praticada como puro prazer de ler. Roseana falava gravemente e se prontificou a visitar as escolas a fim de incentivar a prática dessa inédita iniciativa.
O primeiro texto apresentado pela anfitriã foi um ensaio, intitulado “O livro”, retirado de O desenho da vida (Rio de Janeiro: Caliban, 2009), a mais recente publicação póstuma do nosso Poeta Walmir Ayala (1933-1991), um personagem gaúcho imenso, que elegeu Saquarema como musa e lugar de repouso eterno. O parágrafo inicial desse ensaio constitui a própria essência das Rodas de Leitura: “Abrir um livro é como abrir um mundo. É como um tesouro, um tesouro que depende muito mais de quem lê do que de quem escreve. A atenção, o interesse, a capacidade de transformar e de associar, dentro de cada um, é que dão a energia de que o livro necessita para viver. Ele viverá através de quem lê, como um sopro invisível e essencial. Ele poderá ser seu melhor amigo, seu companheiro nesta aventura invejável de descobrir o mundo. Porque vocês, que lêem, estão descobrindo o mundo como os antigos viajantes descobriram terras novas, e como os nossos astronautas de hoje exploram satélites e planetas” (p. 9).
De tão luminoso, esse fragmento dispensou maiores comentários, gerando, no grupo, um silêncio cúmplice, que era um tributo saudoso ao Poeta de Saquarema.
A tópica seguinte foi a leitura, por Roseana, do conto “O príncipe sonhado”, extraído do belíssimo livro de Jean-Claude Carrière Contos filosóficos do mundo inteiro (trad. Cordélia Magalhães. Rio de Janeiro: Ediouro, 2008). A escolha desse conto me certifica do gosto de Roseana Murray por contos de fadas; inda recentemente, por exemplo, ouvíamos e líamos “O príncipe feliz”, do irlandês Oscar Wilde (1854-1900). Teceram-se, por parte de alguns participantes, comentários ao conto poético da tradição sufi, cuja linha-mestra consistiu na atenção ao outro, em acreditar nos próprios sonhos, em não buscar o invisível, mas prestar o máximo de devoção ao visível; cada um de nós tem que passar por provas e o essencial é que aprendamos com nossas experiências de vida, que, muitas vezes, nos estão veladas.
O terceiro texto foi, também, um conto: “O mercador e o gênio”, retirado do livro As mil e uma noites; antes de lê-lo, Roseana contextualizou esse livro paradigmático da narrativa, tanto oriental quanto ocidental. Recorro, ipsis litteris, à Wikipédia para reforçar as consideração de nossa amada Leitora:


“As Mil e Uma Noites (Alf Lailah Oua Lailah) é uma obra clássica da literatura Persa, consistindo numa coleção de contos orientais compilados provavelmente entre os séculos XIII e XVI. São estruturados como histórias em cadeia, em que cada conto termina com uma deixa que o liga ao seguinte. Essa estruturação força o ouvinte curioso a retornar para continuar a história, interrompida com suspense no ar. O uso do número 1001 sugere que podem aparecer mais histórias, ligadas por um fio condutor infinito. Usar 1000 talvez desse a idéia de fechamento, inteiro, que não caracteriza a proposta da obra.
Foi o orientalista francês Antoine Galland o responsável por tornar o livro conhecido no ocidente (1704). Não existe texto fixo para a obra, variando seu conteúdo de manuscrito a manuscrito. Os árabes foram reunindo e adaptando esses contos maravilhosos de várias tradições. Assim, os contos mais antigos são provavelmente do Egito do século XII. A eles foram sendo agregados contos persas, hindus, siríacos e judaicos.
As versões mais populares hoje em dia são as que se baseiam em traduções de Sir Richard Francis Burton (1850) e Andrew Lang (1898), geralmente adaptadas para eliminar as várias cenas de sexo do original”.
A menção à protagonista Sherazade fez pensar em minha netinha de quatro anos, Vitória Sherazade Latifa, que, rendendo jus a seu nome, gosta de contar histórias, tendo sido ouvida, inclusive, por Roseana Murray, que sorria quando a narradora pós-moderna misturava todas as histórias de fada que conhece, terminando assim: “E eu fui feliz para sempre!”
Teremos, tenho certeza, em Saquarema, 1001 Rodas de Leitura Roseana Murray.
Em casa de Poeta, nunca falta Poesia, que ali é farta. De Manuel Bandeira - que será o centro de todas as atenções e homenagens na FLIP (Festival Literário Internacional de Paraty), deste ano, de 1º. a 5 de julho próximo, onde Roseana Murray é convidada especial -, ouvimos a leitura deste poema:
Profundamente

Quando ontem adormeci
Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Vozes cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.
No meio da noite despertei
Não ouvi mais vozes nem risos
Apenas balões
Passavam errantes
Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?
- Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
DormindoProfundamente.
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci.
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
TomásiaRosa
Onde estão todos eles?
- Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.

Um silêncio profundo tomou conta de todos os presentes, silêncio que ecoava o marulhar do Atlântico, bem ali em frente.Terá cada um de nós pensado, no mês das festas juninas, em seus ancestrais.
Arrematando, gloriosamente, os contos de fada, outro poema, “Eros e Psique”, de Fernando Pessoa (1888-1935), trazido pela Profa. Maria Clara, foi lido por todos em jogral: neste mundo, em que nos coube viver, podemos viver a magia da Poesia.
Um delicioso lanche alimentou os corpos, já nutridos da mais gostosa Literatura.
Saí de meu “ninho antigo”, cantando, com os meus botões, a canção “O girassol”, de Vinícius de Moraes e Toquinho :

Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Roda, roda, roda
Rodador
Vai rodando, dando mel
Vai rodando, dando flor
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Gira, gira, gira
Girassol
Redondinho como o céu
Marelinho como o sol
..

INDAGAÇÃO LATUFRESCA

SERÁ O CÉU UMA PALHETA
OU UM QUADRO JÁ PINTADO?
CADA OLHAR DECIDIRÁ.

JORGE LOVISOLO DIXIT!

Por tus maneras es imposible no quererte. Allí donde estás provocas un Maelstrõm de afectos y alegría

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Caipira totalmente!

"Esta casa tem goteira.
Pinga ni mim!"

O caipira é o homem rural típico do Brasil
(Imagem: Caipira Picando Fumo, óleo do pintor José Ferraz de Almeida Jr.)
Segundo Câmara Cascudo, caipira seria uma corruptela de "caapora", palavra de origem tupi que significa "morador do mato". Outras definições, mais recentes, consideram caipira, matuto ou capiau, o cidadão residente no interior do Estado de São Paulo, o homem ligado ao campo que possui uma identidade e cultura própria - o que de fato era verdade, até meados do século 20, quando os meios de transporte e comunicação de massa interferiram nos costumes locais e regionais, padronizando-os a partir de modelos urbanos.Nos centros urbanos, justamente, o termo caipira é com freqüência acompanhado por um sentido pejorativo ligado à timidez, à falta de refinamento ou de informação. Mas isso é puro preconceito, o que é uma outra história... De fato, trata-se do desprezo com que parte de nossa moderna civilização industrializada se refere ao passado rural do Brasil.A cultura caipira do passado - um passado recente em termos históricos - representa a adaptação do colonizador europeu ao Brasil e seu modo de ser, pensar e agir no território brasileiro. O modo de vida caipira inclui o fogão a lenha, o café feito no coador de pano, o leite quente ordenhado da vaca, biscoitos de polvilho, rosquinhas, pães de queijo, broas, bolos de fubá, doces em calda, etc. Sem falar nas geléias, licores de frutas típicas (pequi e jenipapo) e, é claro, na famosa cachaça - que se transformou numa espécie de bebida típica do Brasil.
Um "dedo de prosa"Nas casas simples, pintadas em azul celeste, rosa, amarelinho, decoradas com fuxicos, toalhas de crochê e colchas de retalho, todos têm direito a um "dedo de prosa" para ouvir um "causo", passar as horas na janela, sentar na soleira da porta, pitar um cigarro de palha, feito com fumo de rolo picado. Até meados do século 20, essas casas eram feitas de pau-a-pique - madeira trançada e barro batido - e cobertas de palha ou sapé.Além do interior de São Paulo, ainda podemos encontrar esse modo de vida em Minas Gerais, numa parte de Goiás e de Mato Grosso e também perceber semelhanças com os costumes do sertanejo da caatinga, do caboclo da Amazônia, do vaqueiro do pantanal, do gaúcho ou do caiçara litorâneo.
A moda de violaO caipira formou sua cultura com uma mistura indígena e européia. Herdou a religiosidade dos portugueses, a familiaridade com o mato, a arte das ervas e o ritmo do bate-pé com os índios. Mas sempre se podem encontrar alguns elementos africanos nos mitos e nos ritos do homem do interior.A autêntica música caipira, a "moda de viola", na voz dos violeiros, retratava a vida do homem no campo, a lida na roça, o contato com a natureza, a melancolia e a solidão do caboclo. Mais tarde, com a influência da guarânia paraguaia e do bolero mexicano, começou a ser transformar e hoje, misturado ao estilo "country" norte-americano, a chamada música sertaneja guarda pouco de suas origens. Inesita Barroso é uma cantora e estudiosa da música sertaneja original, que ela e outros estudiosos e músicos preferem chamar de música de raiz.
Jeca TatuNas artes plásticas, o caipira típico foi imortalizado por Almeida Júnior, no quadro que ilustra este artigo. Na literatura, Monteiro Lobato retratou-o em seu personagem Jeca Tatu, do livro "Urupês". No cinema, o ator e diretor Amácio Mazzaropi assumiu o tipo, com calças rancheiras e "pula-brejo", paletó apertado, camisa xadrez e chapéu de palha.O caipira, hoje, volta a ser valorizado e com razão. Ele faz parte da história do Brasil e ajudou a moldar parte de nossa identidade nacional. Procure numa locadora de DVD, por exemplo, um filme de Mazzaropi e certamente você vai descobrir um aspecto muito interessante da cultura brasileira.

Roberto Sosa, poeta hondureño.

" Entré en la Casa de la Justicia de mi país
y comprobé que es un templo
de encantadores de serpientes". (...)

Uma Brasileira, Paralamas do Sucesso

Rodas em sol, trovas em dó
Uma brasileira, o
Uma forma inteira, o
You, you, you
Nada de mais
Nada através
Uma légua e meia, o
Uma brasa incendeia, o
You, you, you
Deixa o Sal no mar
Deixe tocar aquela canção
Refrão:One more time
One more time
One more time
Tatibitate
Trate-me, trate
Como um candeeiro, o
Somos do interior do milho
E esse ão de são
Hei de cantar naquela canção
(2x refrão: One more time)
Nada de mais
Nada através
Uma légua e meia, o
Uma brasa incendeia, o
You, you, you
E esse ão de são
Hei de cantar naquela canção
Refrão:One more time
One more time
One more time

Paixão, de Kleiton e Kledir

Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar...
Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecheclair
De repente
A gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar...
Depois do terceiro
Ou quarto copo
Tudo o que vier eu topo
Tudo o que vier, vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim
Nem por ninguém...
Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume
Faz que tenta se matar...
Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura
Em carne e osso
Deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitar...
Tens um não sei quê
De paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou...

Epitáfio para Luís de Camões, José Saramago

Que sabemos de ti, se versos só deixaste,
Que lembrança ficou no mundo que tiveste?
Do nascer ao morrer ganhaste os dias todos,
Ou perderam-te a vida os versos que fizeste?

Estas quatro perguntas foram retiradas do livro “Os Poemas Possíveis”, publicado em 1966. Até hoje, mais de quarenta anos passados, ainda não lhes encontrei resposta. Talvez nem a tenham. Escrevo isto em 10 de junho, aniversário da muerte do autor de Os Lusiadas, livro fundamental da literatura portuguesa. Camões morreu pobre e esquecido, embora hoje os escritores em língua portuguesa vivam como uma honra única receber o Prémio que leva o seu nome.

O AMOR EM PESSOA

Ontem, tendo palestrado no magnífico Caixa Cultural, cento cultural no Rio, cheguei muito tarde a Saquarema. Otavinho e Vitorinha, minha neta de 4 anos, foram buscar-me em Bacaxá. No carro, a menininha, já sonolenta, disse-me textualmente: "Vô, eu estava preocupada. Estava com saudades de você!"

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Fairy tales

Na casa da Roseana Murray, de onde acabo de chegar, soube que o Luís - nosso comum técnico de informática - vindo à minha casa pela primeira vez, confessou sentir-se dentro de um conto fadas. Que personagem seria eu nesse mundo mágico?

domingo, 21 de junho de 2009

DECLARAÇÃO ABERTA A ROSEANA MURRAY

Se você não existisse de fato, o Universo teria que reinventar o amor!

FILHO É FILHO E VICE-VERSA!

Amor:
Amei o vídeo. Mais latufílmico, impossível!!
Querido, nesses dias, de tantos trabalhos, de tantos afazeres, em meio às leituras de Oscar Wilde, tenho visto e sentido o quanto você não é apenas um dos meus maiores amigos, mas a representação do meu pai, que está em outro plano.
Cada vez que penso em você, respiro com uma emoção, um afeto que não há limite de existência ou tamanho capaz de ser mensurado.
Por isso, choro quando sei que você está um tantinho triste, ou doente, porque sou notoriamente uma DRAMA QUEEN, mas também porque amo você e não gosto de pensar na possibilidade de ver você afastado de sua alegria.
Às vezes, por mais que amemos nossas tarefas, nosso trabalho, há outras prioridades tão belas e importantes quanto ele. Nossa saúde. Trabalhar, assim como para mim, é diversão para você. Mas temos de ter aquele nosso tempo de repouso, de cuidado, de relaxamento. Temos de ter o tempo para cuidarmos de nosso corpo, nos alimentando e movimentando.
Não conheço, neste mundo, alguém tão belo, inteligente e amável como você. É o pai platônico que tive a sorte divina de encontrar. Por isso me sinto à vontade de lhe dizer estas palavras.
Você é muito importante para tantas pessoas, que, por mais que saiba ser muito amado, talvez não imagina o tamanho do seu poder de amor e o quanto e tanto atinge as pessoas com ele.
Todos os dias, me sinto um ser humano melhor porque sei que tenho você por perto.
Um beijo mais do que amável
do seu
Luiz
Junior
Cher
Madonna

SINCRONICIDAD

Querido Latuflâneur:Estraño nuestra entrañable y puntual epistolaridad. Al tiempo que me inquieta algo inusual en vos: el prolongado silencio. Por momentos pienso que alguna repentina dolencia está interfiriendo. Espero que no sea así y la sorpresiva llegada de un mensaje desmienta mi suposición.He retomado con fuerte entusiasmo mis estudios benjaminianos: el plaisir de la lecture me depara momentos muy gratos: es como pasear por un vergel y embriagarse con las flores más aromaticas. Qué estilista! Puede prescindir del glosario filosofico que para él -según dice Adorno- era "una jerga de rufianes". Y esto le costó caro, la Academia nunca se lo perdonó. En fin, todo esto para saber algo de vos.Con el cariño de siempre.Jorge

PROVERBIO SALTEÑO

EL QUE VINO A ESTE MUNDO Y NO TOMA VINO... A QUÉ VINO?

ATUALPA YUPANQUI

"UNA COSA ES DESLUMBRAR, OTRA COSA ES ALUMBRAR".

Site do curta argentino, cujo protagonista se chama Latuf

http://www.youtube.com/watch?v=PQ8mGNeoPcQ&eurl=http%3A%2F%2Fopadromo%2Eblogspot%2Ecom%2F&feature=player_embedded

ALETHEIA DIXIT

Atilio es mi amigo del alma -dimidium animae meae-. Él me enseñó a atreverme que en el mundo todos podemos vivir tranquilamente.... después me abandonó (y lo bien que hizo), se fue a Holanda para casarse con su novio mexicano. Cuando llegó allá se dio cuenta de que no estaba preparado para esos compromisos y desistió del intento, sin embargo nunca volvió. Hace 22 años íbamos con Atilio a la facultad a tomar una clase de griego. Me acuerdo que caminábamos por una de las avenidas más lindas de Córdoba. Yo perseguía el sol, él hablaba de amor. de pronto vimos una cartelera de cine que anunciaba una película: "El cocinero, el ladrón, su mujer y su amante". Nos pareció prometedor. Y olvidándonos de nuestros deberes acudimos, sin pensarlo, hacia el placer. Tres horas duró la película, cuando slimos ya había anochecido. Él me dijo: "¿tomamos una cerveza"? y yo asentí. Fue nuestra única conversación, a partir de ahí sólo el silencio. Así me fui a dormir. Al otro día, de madrugada, Atilio me fue a buscar y antes de saludarme me preguntó :¿te gustó el film"? Recién, después de horas pude responder. (Saudade)Esto que te cuento es la introducción para decirte que algo similar me pasó hoy. Te escuché fascinada (entiéndase en este término todas sus resonancias semánticas), disfruté de María bethania (¿así se escribe?), de la "profunda simpleza" de la canción; de un jazz entonado en inglés (que no conozco), de una película terrible y atrapante... disfruté de vos, de tu lectura, de tus comentarios, de tu mano sobre mi cabeza... y al final, cuando dijiste "dixit" y Hernán preguntó: ¿algún comentario?", sólo el silencio fue mi respuesta.... (¡una retórica del silencio!) Inmediatamente subí al auto y le conté a mi sirí lo "fascinante" de tu charla, sin entender demasiado. Me acordaba de Tiresias, de su ceguera, de Hermafrodito (¡Tan bello aparece en la película!)... de ética y estética & "vice-versa"... Sabía que me había gustado...Pero es ahora, recién después de 7 u 8 horas, en las que comencé a disfrutar de tu palestra y de vos. Y te lo digo porque siempre es "bueno y bello" decir lo que se siente. Acabo de comentarle a Jorge "tu puesta en escena", fue realmente magnífica. Tu sensibilidad frente a la belleza que produce esa "fascinatio" de la que uno intenta huir pero no puede... tu sencillez y tu humildad (esto último sobre todo) me han conmovido. Tu lectura preciosa del film, la música "exquisita", tu planteo teórico ... Ah... la beleza (diría Vinicius)...Latuf, latufito, Latufinho... de nuevo el silencio.... y PLAUDITE!!!!!!!!EX MEO CORDE MOTO, GRATIAS TIBI DO! Y DESDE ESTE VOCATIVO (LATINO) QUE TE EVOCA, QUE TE LLAMA, QUE TE CONVOCA, TE DIGO:MI CARE AMICE!, GRATIAS TIBI SEMPER DABO! estás cómodamente hospedado en mi corazón. tu Aletheia.

DO LEITOR À POETA

Joel: que texto lindo, mais uma vez... gostaria que você me disse como te apresento? è professor de que universidade? explico: meu site é usado por alunos , para pesquisas, etc... é importante eles terem uma referência de quem escreveu.
Aguardo, minha querida,

use e abuse do meu modestíssimo texto...
as palavras, uma vez proferidas, não nos pertencem mais...
ganham mundo... transformam-nos quando as emitimos... transformam, sub-repticiamente, os demais que as recebem...
sua poesia - de há muito - me inspira...
gosto das palavras, namoro com elas, durmo e acordo com elas... elas me despertam de meu sono, entram nos meus sonhos, recriando-os, apacentando-os...
as palavras, viabilizam-se de mil maneiras sutis: desde as mais comuns até as mais estranhas... as mais inusitadas...
a poesia sempre nos toca, nos leva de roldão... o cotidiano se transforma sob a magia do olhar inspirado e lírico dos poetas... e quando somos tocados pela graça da poesia nós nos transformamos: continuando miraculosamente a ser nós mesmos, somos outros... muitos...
com os poetas, de maneira explítica, mas por vezes, imperceptível, nosso olhar aprende a (re)ver... educamos a nossa maneira de sentir... vislumbramos novas possibilidades de ser e estar no mundo...
somos indubitavelmente seres discursivos... nós mesmos somos textos entre textos... discursos entre discursos...
mistérios tateando um mistério maior...
com a poesia, traçamos os mapas da fantasia, dos desejos, da fruição, do gozo...
apresente-me - se é que é necessária uma apresentação! - como quiser...

beijos n'alma...
com carinho fraternal e toda a admiração do mundo...
joel cardoso

Joel: que texto maravilhoso. Não acredito!!! Posso publicá-lo entre as críticas e as resenhas do meu site? precisaria saber como te apresento .
Bom, sempre tenho dificuldades com as ilustrações (de um modo geral). Mas as pessoas estão amando e o Latuf vai usar na Argentina e é isso que importa. Aguardo a tua resposta e mil beijos da RoseanaMinha prezada Roseana,

Gosto de seus textos.
Gosto da maneira como escreve..
Acho que sua obra, pela abrangência dos temas abordados, pelo lirismo que veicula, pela sutileza das imagens, pelo inusitado da linguagem, extrapola - disso já não há quem duvide! - os rótulos apressados, as delimitações que a vêem, por exemplo, apenas como representante da literatura infanto-juvenil... Não vejo desprestígio algum nisso, mesmo porque a literatura que busca prioritariamente o prazer e a formação de novos leitores tem que alçar vôos mais convidativos do que aquela que se destina ao público tradicionalmente já afeito à leitura. Para o leitor incipiente, os seus textos cumprem magistralmente essa tarefa. Em se tomando contato com eles, não há como não se encantar, se deixar seduzir...
Considero-a uma poeta plena, maior, senhora de seu estilo único, sensível no manejo do inesperado, que se transmuta em forma sempre a serviço do poético, da força da expressividade clara.
Transitando entre o reconhecimento daquilo que nos é familiar e o estranhamento do novo, Poesia é, sobretudo, revestir as palavras de novos significados, (re)vestindo-as com novas possibilidades associativas, nova musicalidade, nova vida no repertório conhecido.
Quanto às imagens interferindo no texto poético, gosto dessa simbiose...
Aqui no norte do país, onde trabalhamos sob o signo da precariedade, há um trabalho imenso a ser feito para que as pessoas tenham acesso a tudo (textos, autores, obras, críticas, teorias etc etc etc).
Eu tinha consciência de que as imagens que projetei para apresentá-la ao nosso público, criando um contraponto, ao mesmo tempo que dialogavam com o texto, não abriam (como não abrem nunca!) mão, paradoxalmente, da sua força autônoma e comunicativa... foi, no entanto, a forma que encontrei para, junto com os poemas, apresentar Saquarema, falar dessa cidade, colocar o Prof. Latuf na pauta do dia... e mostrar o meu amor, o meu carinho e admiração por tudo isso!

Atenciosamente,
Joel Cardoso
Joel, fiquei muito impressionada e comovida com o teu gesto e agradeço muito. A coletânea me provocou muita estranheza, não reconheci meus poemas junto com as imagens, mas tenho recebido uma boa acolhida. Talvez porque eu tenha mania de limpeza e as imagens interferiram muito. Acontece isso com meu livro Manual da Delicadeza onde as fotos de paisagens adentram demais. Mas o gesto de você copiando meus poemas, segundo a narrativa do Latuf, já está inscrito em mim e agradeço tanto!!!Espero que o Latuf te traga aqui em casa para tomarmos um vinho com calma.
MUITO OBRIGADA por gostar da minha poesia, Roseana

DE MINHA IDISH MAMMA

Hoje li quase tudo o que você escreveu no blog no mes de maio e junho. Devo dizer que o efeito do teu blog é devastador, nunca vi tanta beleza de uma vez só. É como engolir o mar. E a delícia dos diálogos avô e neta salpicando o blog como meteoritos. Acho que é o blog mais impressionante do planeta. Uma linda viagem querido Latuf, você que é a pessoa mais generosa e impressionante que conheço. Obrigada por me acolher em seu coração! Roseana

sábado, 20 de junho de 2009

MITOLOGÍA

ADEMÁS DE SU BELLEZA DE MODELO DE CALVIN KLEIN, LO QUE MÁS ME ENCANTÓ EN MAURO, HIJO DE MI QUERIDÍSIMO AMIGO JORGE, FUÉ SU TOTAL GENTILEZA, EN NUESTRO PRIMER ENCUENTRO. EN EL BANQUETE ÁRABE, LINDAMENTE PREPARADO POR LA ADORABLE ALETHEIA, EL PONÍA VINO EN MI TAZA DE CRISTAL. POR UNA NOCHE, YO FUÉ ZEUS SERVIDO POR GANIMEDES.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

PALAVRA DA PRINCESA

Acabei de perguntar à Vitorinha: - "Como foi sua escola hoje?"
- "Uma beleza!", respondeu a Princesa.

ITALO CALVINO

"Num desses livros científicos em que costumo meter o nariz à procura de estímulos para a imaginação, aconteceu-me ler recentemente que os modelos para o processo de formação dos seres vivos são 'de um lado o cristal (imagem de invariância e de regularidade das estruturas específicas), e de outro a chama (imagem da constância de uma forma global exterior, apesar da incessante agitação interna)' ".

Seis propostas para o próximo milênio

Arquíloco 116 / 63 (siglo VI a.C., yambógrafo)

Corazón, corazón si te turban los pesares
invencibles, ¡arriba!, resístele a la adversidad
ofreciendo el pecho de frente, y al ardid
del enemigo oponte con firmeza. Y si sales
vencedor, disimula, corazón, no te ufanes;
y si sales vencido no te envilezcas llorando
en tu casa. No dejes que importen demasiado
a tu dicha en los éxitos, las penas en los fracasos.
Y comprende, corazón, comprende, que en la
vida sólo impera la alternancia.

terça-feira, 2 de junho de 2009

LILIANA CARMINHO, DE FARO, EM PORTUGAL

Latuf, não sei onde vai descobrir estas relíquias! Mas adorei rever a Maysa, tal como a recordo na sala de convívio da faculdade de Letras, onde a vi algumas vezes conversando animadamente com o meu Professor de Teoria da Literatura, o grande e saudoso David Mourão Ferreira, de quem ela seria amiga; ele fazia gala em estar sempre acompanhado por lindíssimas mulheres, e ela era um assombro, mesmo sem falar na voz.Fiquei fã desde o momento em que o primeiro som gutural e grave saiu da boca dela! Isso teria sido lá por 1960, e ela era assim, igualzinha ao que vemos nesse vídeo, se a memória não me atraiçoa. Então bem haja, por este bocadinho de passado! Lilliana

segunda-feira, 1 de junho de 2009

De Reis, Rainha & Princesa

Ontem, Gabriel, o Gael, era, no colo-trono de sua bela mãe, um reizinho. Seu irmão João Otávio, que acaba de celebrar 15 aninhos, aproximou-se do caçula de 2 anos e deu-lhe beijinhos, recusados pelo pimpolho, que até limpava o rosto. Definitivamente, Gabriel não admite outro rei no trono materno. Mas o colo materno é vasto e abriga, inclusive, uma princesinha: Vitória Sherazade Latifa, de 4 anos.

VARIAÇÕES, POR ORA, SOBRE O MESMO TEMA

BLOGLORIOSO
BLOGOSTOSO
BLOGLAMOROSO
BLOGOZO
BLOGORRÉIA
BLOGAMA
BLOGAME
BLOGIRL
BLOGATO
BLOGALANTEIO
BLOGARAGE
BLOGENTLEMAN
BLOGRAVIDEZ
BLOGRAVIDADE
BLOGAGÁ
BLOGEMIDO
BLOGLITTER
BLOGARDEL
BLOGARDENIA
BLOGRANADADESPAÑA
BLOGUERNICAPICASSIANA
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BLOGARGANTA
BLOGUESS
BLOGUEST
BLOGRATO
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