domingo, 30 de agosto de 2009

BRIGADEIRO DE CAPUCCINO E DE CAPIM-SANTO

Tradicional, o docinho ganha diferentes versões

Atire a primeira pedra quem nunca provou o nosso docinho mais famoso. O brigadeiro, ano após ano, adquire novas facetas: recheado, caramelizado, com chocolate, sem chocolate e coberto com os mais diferentes confeitos. Nós mostramos receitas de duas traduções recentes desta guloseima: a versão capuccino e a versão capim-santo. O de capuccino é vendido na Brigadeiro Doceria & Café, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. O docinho fica com a coloração mais clara que a da versão tradicional e tem sabor com leve toque de café. Já o outro brigadeiro fica verde-claro. Presente no menu da chef Morena Leite, do restaurante Capim Santo (em Trancoso e em São Paulo), o docinho chega à mesa cremoso, em colher de pau. Brigadeiro de capuccino Rendimento: 24 docinhos pequenos Tempo de preparo: 10 minutos Ingredientes 1 lata de leite condensado 1 colher de sopa de chocolate em pó 1 colher de chá de café solúvel 1 colher de café de canela em pó 1 colher de sopa de manteiga Modo de preparo Leve todos os ingredientes ao fogo baixo e não pare de mexer até a mistura desgrudar do fundo da panela (aproximadamente sete minutos). Espere esfriar e faça as bolinhas. Se quiser, cubra com chocolate em pó.
Brigadeiro de capim-santo Rendimento: 30 colheres de sopa Tempo de preparo: 1 hora Ingredientes 3 latas de leite condensado 150 ml de leite 150 g de capim-santo (encontrado em alguns empórios ou feiras) Modo de preparo Bata no liquidificador o capim-santo e o leite. Peneire. Junte o leite condensado à mistura coada e leve ao fogo baixo, mexendo até soltar do fundo da panela (aproximadamente 50 minutos). Sirva em colheres pequenas.

LUIS KLIGERMAN, SIMBOLOGIA

ONTEM, À NOITE, QUANDO SAÍAMOS DA CASA DE ROSEANA & JUAN, PERCEBEMOS, AGRADAVELMENTE SURPRESOS, QUE ESTAVA ILUMINADO O TRECHO DA PRAIA, QUE ESTIVERA MESES NO ESCURO. HOJE, DE MANHÃ, A ROSEANA ESCREVEU-ME INFORMANDO-ME, EUFÓRICA, O NASCIMENTO, EM GRANADA, NA ESPANHA, DE SEU PRIMEIRO NETO, LUIS. RESPONDI-LHE QUE O SIGNIFICADO DE "LUIS" É "LUZ". QUANTA SINCRONICIDADE! EM MINHA PERFORMANCE, DIA 22 ÚLTIMO, QUANDO DO LANÇAMENTO DOS LIVROS DO JUAN E DA KIRA, ROSEANA COMENTOU COMIGO QUE EU MISTURARA SEU NOME E O DO JUAN; AGORA, COM O NASCIMENTO DE SEU NETINHO, A MAIS JOVEM MAMÃE DO MUNDO ESCREVE QUE ELA E JUAN ESTÃO VIVAMENTE MISTURADOS.

P.S. TAMBÉM O NOME DO NOIVO DE EVELYN KIGLERMAN É LUIS. QUANTA LUZ!

EUREKA!

CAMINHANDO, ESTA MANHÃ, NA PRAIA, DESCOBRI QUE O CALÇADÃO É UM PALCO ITALIANO ÀS AVESSAS, OU MELHOR, É UM TEATRO DE ARENA (TEATRO DE AREIA), ONDE EU, PARTE DA PLATÉIA, ESTOU NA PARTE MAIS ALTA, CONTEMPLANDO A CENA QUE SE DESENROLA LÁ EM BAIXO: A AREIA, AS PESSOAS BRONZEANDO-SE, O MAR, SUAS ONDAS, AS GAIVOTAS, OUTROS PÁSSAROS, O CÉU. "DIA DE LUZ, FESTA DE SOL"...

ALEGORIA

USANDO, HOJE, AS PEÇAS DE PRATA QUE BERTA ANTUNES - UM ANEL FRAGMENTÁRIO, FEITO NOS TEMPOS DA BENNETT E REEDITADO, PALIMPSESTICAMENTE, EM SUA ÉPOCA DA UFF, DUAS PULSEIRAS EXCLUSIVAS E UMA MEDALHA VAZADA COM O CEDRO DO LÍBANO - FORJOU, DURANTE SUA PESQUISA DE MESTRADO SOBRE CAIO MOURÃO, SOB MINHA ÉGIDE, SINTO-ME UM BURRO DE CIGANO. SOU TESOURO "PRÊT-À-PORTER", JÓIA AMBULANTE, CIGANO ALEGÓRICO.

INTERTEXTO, SEGUNDO ROSEANA MURRAY

"Quando a nossa poesia faz com o outro sinta vontade de escrever é porque valeu a pena".

PALAVRAS DE POETAS

Traduzo o que diz Juan Luis Cebrián no livro que terminei de ler EL PIANISTA EN EL BURDEL :" Se a lingua constitui parte fundamental da própria identidade é graças, precisamente, ao seu caráter de aglutinador social, de meio ou sistema de diálogo. Mas também afirma a própria soberania do indivíduo (ou dos grupos). Como as pessoas pensam, acreditam, temem e amam em seu próprio idioma, Wittgenstein ousou pensar que os limites da existência são os da palavra." Então lembro que o filósofo espanhol Fernando Savater disse que as pessoas se envaidecem ao comprar um carro novo quando deveriam ficar orgulhosas ao aprender uma nova palavra, já que são as palavras que expandem a nossa existência. Don Milani, um pedagogo italiano dizia que a diferença entre uma criança pobre e uma rica é que a criança rica possui quinhentas palavras a mais do que a pobre com as quais um dia dominará o então adulto pobre.Possuir palavras para poder sonhar.
ROSEANA MURRAY

PORQUE ME ORGULHO DE MEUS ALUNOS

DISSE JORGE LUIS BORGES, PÓS-MODERNÍSSIMO ESCRITOR ARGENTINO, QUE SE ORGULHAVA DOS LIVROS QUE LIA. PARAFRASEANDO-O, AFIRMO E REAFIRMO QUE ME ORGULHO DOS ALUNOS QUE TENHO. QUINTA-FEIRA PASSADA, SOUBE QUE UMA DAS ATIVIDADES DO TROTE DESTE SEMESTRE ERA LEVAR COMIDA À TRIBO TUPY, SEDIADA NA PRAIA DE CAMBOINHAS, EM NITERÓI-RJ. A PRIMEIRA PÁGINA DO JORNAL DO BRASIL, DE ONTEM, ESTAMPAVA ESTA MANCHETE: "ENFIM, UM TROTE COM SABEDORIA, NA UFF". RARAMENTE OS JORNAIS NOTICIAM SOBRE MINHA UNIVERSIDADE, QUE, NO ENTANTO, TEM ALTÍSSIMO GRAU DE QUALIDADE, TANTO EM SEU CORPO DOCENTE (PERDÃO, NO QUE ME TANGE, PELA SINCERIDADE) QUANTO EM SEU MARAVILHOSO CORPO DISCENTE. O ARTIGO DO JB DÁ VISIBILIDADE A UM TRABALHO QUASE EM SURDINA, NO CAMPO DA PESQUISA, DO MAGISTÉRIO E DA EXTENSÃO. DE HÁ MUITO, A UFF VEM REVOLUCIONANDO, POR EXEMPLO, NA QUESTÃO DO RITUAL DE BATISMO DOS CALOUROS. LEMBRO-ME DE QUE, ACHO QUE EM 2002 ( A ESTA ALTURA DE MEUS SETEMBROS, A MEMÓRIA EMBARALHA DATAS E FATOS) UMA DAS ATIVIDADES DO TROTE NO PÓLO UNIVERSITÁRIO DE RIO DAS OSTRAS-RJ (PURO), CONSISTIA, NO CENTRO DAQUELE FEBRIL BALNEÁRIO, NUMA GINCANA DE PINTURA. PARTICULARMENTE, AVALIO A ATIVIDADE DE LEVAR ALIMENTO AOS ÍNDIOS COMO UMA ATITUDE, ATÉ CERTO PONTO, ASSISTENCIALISTA, MAS A CONSIDERO DE GRANDE RELEVÂNCIA, NA MEDIDA QUE DÁ VISIBILIDADE A UMA COMUNIDADE QUE RESISTE AOS TEMPOS E CONTRATEMPOS. EU MESMO, QUE MOREI ANOS EM NITERÓI, ONDE TRABALHO, SÓ VIM A CONHECER, RECENTEMENTE, DITA RESERVA INDÍGENA. FOI MINHA SOBRINHA ISABELLI, QUE MORA NAQUELE EXCLUSIVO BAIRRO, QUEM ME LEVOU E A UM ORIENTANDO ARGENTINO MEU DE DOUTORADO A VISITAR, QUASE COMO TURISTAS, O SÍTIO. SINCERAMENTE, NÃO TIVE MUITO BOA IMPRESSÃO, PORQUE ACHEI OS ÍNDIOS MUITO DESCONFIADOS E VENDENDO MUITO CARO SEUS PRODUTOS ARTESANAIS. MAS FOI UMA IMPRESSÃO SUPERFICIAL. O IMPORTANTE, A MEU VER, É QUE NOS DEMOS CONTA, CADA VEZ MAIS, DE NOSSAS ORIGENS INDÍGENAS E CANTEMOS COM GONÇALVES DIAS A EPOPÉIA I-JUCA PIRAMA. O TROTE CULTURAL DA UFF ESPELHA E NOS FAZ REFLETIR SOBRE NOSSA IMAGEM, ARCAICA E CONTEMPORÂNEA. VIVAM OS ALUNOS DA UFF, ANTIGOS E NOVOS, SEMPRE RENOVADOS!

EMOÇÃO INFANTIL

ONTEM, ESTAVA EU FAZENDO, NA VILA, UMA DAQUELAS CORRIQUEIRAS ATIVIDADES QUE É FOTOCOPIAR UMA PÁGINA DE JORNAL, QUANDO, DE REPENTE, NÃO MAIS QUE DE REPENTE (VIVA O POETINHA!), AVISTEI UMA CAMIONETE COM A IMAGEM DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ, RODEADA DE ROSAS VERMELHAS. EXPERIMENTEI UMA EPIFANIA, UMA REVELAÇÃO, UMA ILUMINAÇÃO, UM SARTÓRI, UM EUREKA, UM "INSIGHT", DANDO-ME CONTA DE MINHA FELICIDADE INFANTIL. PORQUE COINCIDE COM A DATA DO MEU ANIVERSÁRIO, NUNCA PASSO EM SAQUAREMA A FESTA DO CÍRIO DE NAZARETH (A SEGUNDA MAIOR DO MUNDO, DEPOIS DA DE BELÉM DO PARÁ). MAS, ONTEM, NOSSA PADROEIRA QUIS DAR-ME O PRIMEIRO PRESENTE; FEZ-SE VISTA, ADMIRADA, AMADA POR MIM: TIVE, ENTÃO, UM INSTANTE DE FELICIDADE ETERNA.

P.S. NEM ADIANTA: CRITICO A IGREJA CATÓLICA, MALDIGO O PAPA ATUAL, QUE CONSIDERO UM ANTI-CRISTO, UM ANTI-PAPA, UM ICONOCLASTA DA IGREJA QUE PRESIDE, MAS, NO FUNDO, NO FUNDO, SÃO, AINDA E SEMPRE, UM MENINO MINEIRO, BARROCO, EDUCADO NA FÉ E DEVOTO DA MAMÃE, QUE NOS CRIOU, AMOROSAMENTE, GRAÇAS À SUA FÉ INQUEBRANTÁVEL.

PALAVRA DE POETA

AO FINAL DE UMA SEMANA, MAIS AGITADA, PORQUE AS AULAS RETOMARAM, DO QUE MINHA ROTINA, VOLTEI A CAMINHAR NA PRAIA, AONDE CHEGUEI TOMADO POR UM SUSTO, TAMANHA A BELEZA DO MAR, COM SUAS MODULAÇÕES DE CORES. APÓS UNS DIAS CINZENTOS, COM A BELEZA QUASE TÍPÍCA DE INVERNO QUE, GLORIOSAMENTE, SE DESPEDE, O DIA DE ONTEM ESTAVA MAGNÍFICO, CAUSANDO EM MIM UM ESPANTO TOTAL. CHEGANDO, AO PÔR-DO-SOL DOURADÍSSIMO, À CASA DE ROSEANA E JUAN, OUVI DA POETA A FRASE QUE EMBLEMA MINHA EMOÇÃO: " É TAMANHA A BELEZA DE SAQUAREMA QUE CHEGA QUASE AO LIMITE DO INSUPORTÁVEL!"

sábado, 29 de agosto de 2009

LILIANA CARMINHO, DO ALGARVE, PORTUGAL

Latuf,
eu, que moro a dois metros do mar, li este poema em prosa, abri a janela, e pude confirmar que os mares são isso mesmo, em Saquarema como em Faro.... um manancial inesgotável de poesias! Terríveis saudades daí, num crescendo galopante.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

CAMILO MOTA, POETA E EDITOR DO JORNAL POIÉSIS

Caro Latuf,
após as primeiras leituras de seus versos, um marulhar de palavras veio habitar comigo. Estou faz uma semana preparando um poema em prosa e, enfim, ei-lo, em primeira mão para você. A você dedicado, por obra de seus versos terem despertado em mim o encanto do mar. Será divulgado no Poiésis de setembro.
Abraço fraterno,
Camilo Mota
Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Artewww.jornalpoiesis.comO MAR A TODOS UM DIA CHAMACamilo MotaPara o poeta Latuf Isaias MucciSereias se disfarçam nesse vento suave que vem me buscar em final de tarde. Caminho em direção à beira do Atlântico para ver ondas, pessoas, areias e cães consumindo-se no derradeiro brilho do sol. O mar nunca se esconde. Mesmo à noite — lua nova, espuma branca — o som invade almas com seu canto de acalanto. Há quem passe indiferente a tudo, cabeça baixa, murmurando dores de amores que não tem. E uma maresia suave, como lágrima distribuída ao vento, percorre a face do homem triste que ao longe desaparece. As ondas preenchem o tempo novo de buscar a terra firme. E trazem no alto, desafiadoras, pranchas multicores numa luta desigual e constante pelo equilíbrio do mundo. Surfar é um estado de espírito. (Homem que voa nos cabelos de Iemanjá). A praia é lugar de horizonte aberto para o céu de onde sereias-estrelas refazem o tempo.

Camilo Mota é editor do Jornal Poiésis, membro da Academia Brasileira de Poesia, reside em Saquarema-RJ.

JORGE LOVISOLO, POETA

Querido Latufinho,
Las fotos permiten participar diferidamente de la atmósfera celebratoria del lanzamiento. Me encanta esa placa en que estás con un antifaz de strass y/o falsas perlas de repostería, esas bolitas que deleitaron nuestra infancia.Tu rostro expresa un sentimiento indeciso entre la inminencia de una revelación o un susto tan repentino como un escalofrío. Me invitó a recordar el enigmático cuadro "El Grito" de Edvard Munch. Presentar un libro es un acto mágico, es documentar una emoción con un alfabeto desconocido. Dar un libro es dar lo que ya hemos dado: sólo se puede dar lo que ya es de los otros. Sos el padre de una criatura que ya no te pertenece, o te pertenece porque ya es de todos. Es vano pretender discernir si has soñado a Saquarema o Saquarema te ha soñado a vos.¡Cuánto misterio en estas operaciones reversibles! Mansa, Saquarema se dejó amonedar en un puñado de metáforas.
Un abrazo.Jorge

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

NOVA ORTOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Para tirar as dúvidas:www.reformaortografica.com
Site com guia com tabelas sobre acentuação, hífen e trema, por exemplo.www.ortografa.com.br
No site, você digita uma palavra ou frase, clica em ortografa! E vê a grafia correta pós-reforma.

Siete rutas de la nueva poesía

La diversidad estética y temática de la poesía más reciente tiene, también, un reflejo plural en el uso de cauces innovadores, impensables hace sólo una década. Internet, el blog, las redes sociales, las revistas digitales y los libros electrónicos son realidades emergentes que están ofreciendo oportunidades diversas para que sus autores se den a conocer. Sin embargo, ese nuevo ecosistema, pese a las más apocalípticas teorías post, afecta poco a la materia poesía. Y a su edición en papel. Es más: no hay poeta joven, que, pese a mostrar su obra en la red y casi en tiempo real, no aspire a ver su libro editado. Es como si en ello se albergara la legitimidad literaria. Sus referentes siguen siendo nuestros clásicos, los poetas españoles del 27 o del 50, Machado o Juan Ramón, los poetas anglosajones (incluyendo a Bukowski o a Carver) y europeos, sin desdeñar, en algunos casos, los más experimentales del pasado siglo: es decir, los mismos referentes que marcaron a anteriores generaciones, algo que se pone de relieve con sólo revisar las últimas novedades en los anaqueles de las librerías. O leyendo alguno de los siete libros que hemos seleccionado como muestra de la evolución de la poesía más joven. Se trata de libros escritos, con dos excepciones, por poetas nacidos a partir de 1977, es decir, familiarizados, desde la adolescencia, con Internet y el mundo digital, con blog abierto la mayoría. Sus libros no hablan de l a quiebra del poema y del poemario convencional, sino más bien de lo contrario.
ver contenido en ELPAÍS.com

domingo, 23 de agosto de 2009

NOVA ORTOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Um "joguinho" didático para se
treinarem e fixarem as novas regras ortográficas...

Acesse:
http://fmu.br/game/home.asp

ROSEANA MURRAY, JUAN ARIAS & KIRA VELVET

VENTO EXUBERANTE, PODEROSO, IMPERIAL, O SUDOESTE SAQUAREMENSE, QUE, HÁ CERCA DE TRÊS DIAS, VEM REVOLVENDO OS CÉUS E OS MARES DAQUI, QUIS DAR UMA PEQUENA TRÉGUA ONTEM, À NOITE, PORQUE, NUMA MANSÃO MARÍTIMA, REALIZAVA-SE UM DUPLO LANÇAMENTO DE LIVROS: "KIRA", DE ROSEANA MURRAY, E "50 MOTIVOS PARA AMAR O NOSSO TEMPO", DE JUAN ARIAS. COMO SOU AMIGO, ASSÍDUO E FERVOROSO, DO CASAL-ESCRITOR, PARTICIPEI, INTENSAMENTE, DOS PREPARATIVOS DA FESTA, NÃO QUE EU TENHA FEITO ALGO, MAS PELA EMOÇÃO QUE ME TOMOU O TEMPO TODO DA ANTI-VÉSPERA E DA VÉSPERA. NO PRÓPRIA NOITE, VIGÍLIA DO EVENTO, EU NEM CONSEGUI DORMIR. PARECIA QUE ERA EU, DUPLO DE ENSAÍSTA E POETA, QUEM REUNIRIA TANTA GENTE, DAQUI E DE ALHURES. COMO SEMPRE, SÃO MEMORÁVEIS AS RECEPÇÕES QUE ROSEANA E JUAN OFERECEM AOS AMIGOS. SUA CASA É A CASA DO SABER, DO SABOR, DA SENSIBILIDADE. E É ÚNICA CADA FESTA QUE PROMOVEM. NEM MAIS PRECISO INSISTIR SOBRE AS MENSAIS "RODAS DE LEITURA", QUE ALI OCORREM E DE QUE SOU, MODESTO, PORÉM, ENTUSIASTA, ESCRIBA. O SABOR DA FESTA DE ONTEM ERA ESPECIALÍSSIMO, PORQUE CONTAVA COM A PRESENÇA DE KIRA, A NETINHA, QUE MORA EM BARCELONA E PASSA SUAS FÉRIAS EM SAQUAREMA. A PEQUENA E SELETA MULTIDÃO DE CONVIVAS FESTEJOU TUDO E EU PUDE REVER O LANÇAMENTO DE MEU PRÓPRIO LIVRO, "ÁGUAS DE SAQUAREMA", QUE, DIA 08 PASSADO, CONGREGOU, NA CASA DE CULTURA WALMIR AYALA, PESSOAS APAIXONADAS PELA POESIA. ERA COMO SE MEU EVENTO FOSSE O PREFÁCIO, A PRÉVIA, A ANTI-SALA DO EVENTO DE ROSEANA E JUAN. ONTEM, TIVEMOS UMA SEGUNDA EDIÇÃO, AMPLIADA E, QUIÇÁ, MAIS ACONCHEGANTE, PORQUE NA PRÓPRIA RESIDÊNCIA DOS ESCRITORES. MAS ERA A MESMA A FELICIDADE NOS SORRISOS, NOS OLHARES, NO CLIMA, PORQUE A POESIA UNE, A LITERATURA AMALGAMA, O AMOR FUNDE. ENVOLVIDÍSSIMO COM TUDO - NATURALMENTE SOU HIPERBÓLICO, ATÉ EM FUNÇÃO DE MINHAS RAÍZES MÉDIO-LEVANTINAS, QUE MINHA ORIGEM BARROCA MINEIRA NÃO RECALCA -, QUIS FAZER UMA INTERVENÇÃO NA FESTA. COM A AJUDA MARAVILHOSA DE MAYA, FILHA DE JUAN, QUE REBATIZEI DE DEUSA MAYA, TÃO EXOTICAMENTE BELA É ELA, APRESENTEI UMA "PERFORMANCE", REAFIRMANDO OS 5O E UM MOTIVOS PARA AMAR O TEMPO PRESENTE. POR 25 VEZES, GRITEI AO SUDOESTE O NOME DE JUAN, POR OUTRAS 25 VEZES BRADEI ÀS ONDAS O NOME DE ROSEANA E, PARA COROAR, TUDO EXCLAMEI AO UNIVERSO "KIRA VELVET", ALEGRIA DO PRESENTE E INSOFISMÁVEL ESPERANÇA PARA OS PRÓXIMOS TEMPOS.

sábado, 22 de agosto de 2009

A FEBRE DAS IRMÃS KLIGERMAN

COMO TODA CRIANÇA, ROSEANA E EVELYN - HOJE, ARTISTAS MADURAS E CONSAGRADAS - SOFRIAM VARIAÇÕES DE TEMPERATURA. QUANDO ROSEANA TINHA UMA TEMPERATURA DE 36,5, SUA MÃE BERTA FICAVA TODA AFLITA E LARGAVA TUDO PARA CUIDAR DA FILHINHA QUASE FEBRIL; MAS SE A TEMPERATURA DE EVELYN CHEGASSE A 39 OU MAIS, A MÃE DELAS LHE DIZIA: "NÃO HÁ PROBLEMA NENHUM, PORQUE VOCÊ, COM SUA ENERGIA TODA, SABE MUITO BEM DAR CONTA DA SITUAÇÃO". GRANDISSÍSSIMA AMIGA DE ROSEANA, EVELYN CONTA, SEM NENHUM SENTIMENTO DE REJEIÇÃO OU CIUMEIRA, O CASO DA FEBRE INFANTIL.

DOMÍCIO PROENÇA FILHO, EM SAQUAREMA

Monique Barcellos, filha do saudoso jornalista Osvaldo, em cujo jornal "Tribuna da Região" publiquei minha primeira "Crônica saquaremense", convidou-me para uma palestra sobre a nova ortografia. O tema não me seduz, porque, como o acordo ortográfico só entrará, definitivamente, em vigor, no Brasil, a partir do ano 2012, e estarei aposentado em 2011, posso continuar escrevendo como, há décadas, aprendi; quanto a meus orientandos de doutorado, eles que se dediquem à nova ortografia; até 2012, terei tempo suficiente para me acostumar com o novo código. Mas o conferencista é pessoa de minha mais alta estima e admiração; aliás, não só minha: Domício Proença Filho, professor emérito da minha UFF, é daquelas raríssimas pessoas que só expandem, em torno de si, amor e sabedoria. Eu soube, por exemplo, por sua bela esposa, que, num "show" de Ney Matogrosso, no Canecão, nosso Acadêmico negro - irmão emérito de Machado de Assis, Castro Alves, Cruz e Souza, Solando Trindade e de toda uma sublime linhagem da negritude literária nacional - foi mais festejado na platéia do que o próprio artista no palco. Ontem, dia 21 de agosto de 2009, era, na sempre luminosa Saquarema, uma noite do Sudoeste, este vento que é o imperador de nossos mares e ares. O salão da igreja paroquial de Bacaxá estava locupletado, sobretudo de jovens e até com a presença de um bebezinho, que enfrentava, feliz no colo da mãe, uma noite de frio e chuva para aprender a ortografia que haverá de praticar daqui a alguns anos. Quando cheguei, fui acolhido, no "hall", pelo sorriso amplo do Professor, que, logo, falou de sua mãe, Dona Maria (nome de rainha, que gerou um verdadeiro príncipe), que, outro dia, segundo ele, fazendo um movimento e ouvindo um ruído de suas articulações ósseas, enunciou, do alto de seus lúcidos cento e um anos: "Acho que estou ficando velha!" Outras histórias, bem antigas, de sua progenitora narrou ele e eu, entusiasmado, a classifiquei como pós-moderna avant la lettre. Num clima de narrativa correu a palestra, quando, com sua verve calorosa, o Professor-Acadêmico seduziu a platéia. Foi contando histórias, hilárias histórias, ao mesmo tempo que discutia, argumentava, criticava em torno do acordo ortográfico da língua portuguesa a vigir nos oito países que falam a língua de Camões e Machado de Assis. Uma crítica severa incide sobre o "etc." da legislação. Lembrei-me, então, de um professor belga, que tive na Université Cartholique de Louvain, que declarou certa vez: "Quand je dis 'etc.', cela signifie: je n'en sais plus rien". Anotei alguns aforismos que Domício enunciou: "Problema de língua, problema de paixão", afirmou Celso Cunha. "A paixão é narcísea", filosofou Domício. "Problema de língua, problema político", segundo Domício. Antes de representar, escrituralmente, a palavra, "a palavra está dentro da gente", sentenciou nosso ilustre conferencista. "Nada se perde, tudo se acrescenta", parafraseou ele a Lavoisier. "Ortografia é uma coisa, língua, outra". "Este acordo ortográfico simplifica, mas não unifica", ponderou Domício, que também reiterou: "O acordo privilegia a fonética, sem contudo, esquecer a etimologia". "Língua é freqüência". "O acordo unifica o consenso" (juro que, até agora, não entendi esse enunciado, que me parece pleonástico). "A língua é um sistema de oposições". "Com seus quase 200 milhões de falantes do português, o Brasil não exerce nenhum 'imperialismo da língua', como postulam alguns portugueses". " O povo é quem faz a língua; os filólogos apenas anotam, registram, comparam para, depois, traçar normas, que serão, mais tarde, transgredidas e refeitas". Ressoou, naquele recinto sacro, o ensinamento de Mário de Andrade, mulato rapsódico, segundo o qual o povo é fonte de toda arte, senhor, portanto, da língua. Anotei, gostosamente, algumas histórias com que ilustrou Domício, cheio de proezas, sua fala. Um colega seu, típico "gozador" carioca, gosta de dizer-lhe: "Agora, em consequencia deste acordo, eu vou errar com mais frequencia" (sentença dita com prosódia que desconhece o abolido trema...). Já outro colega seu do Colégio Pedro II foi assaltado, frente ao colégio, por um pivete, que lhe surripiou a carteira de dinheiro (mas professor é pobre...); narrando a todos o incidente, a vítima se queixava de que ninguém, apesar de seus gritos, o ocorrera. Então, perguntaram-lhe como ele pedira socorro. "Peguem-no, peguem-no!", bradava, inutilmente, o pobre coitado, a quem ninguém entendia, porque o brasileiro costuma começar a frase com o pronome átono... Outra historieta referia o motorista de táxi, que disse ao Acadêmico que o trema não caiu, porque, no botequim que freqüenta, há lingüiça com trema - aquela que tem todos os temperos, -, e a linguiça sem trema - que é a banal, mais barata, portanto. Como se diz "Gândavo" ou "Gandavo"? Na guerra entre o Brasil e a Holanda, um almirante holandês, vendo que era inevitável sua derrota, subiu na proa do navio e atirou-se no mar; voltou à tona duas vezes e, na terceira, antes de afogar-se, gritou: "O mar é o túmulo ideal para um herói bátavo, ou batavo, como querem alguns". Lá fora, o Sudoeste ainda rugia. Com Domício Proença Filho, pudemos repetir o aforismo de Roland Barthes, semiólogo francês, que a língua é uma festa. Se tudo se acrescenta, eu diria, após a experiência e o prazer de ouvir, ontem, ao Professor-Acadêmico: a língua é jogo. Quem se habilita?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O Monge, de Raimundo Correia (1860-1911)

—"O coração da infância", eu lhe dizia,
"É manso." E ele me disse:—"Essas estradas,
Quando, novo Eliseu, as percorria,
As crianças lançavam-me pedradas..."

Falei-lhe então na glória e na alegria;
E ele—alvas barbas longas derramadas
No burel negro—o olhar somente erguia
Às cérulas regiões ilimitadas...

Quando eu, porém, falei no amor, um riso
Súbito as faces do impassível monge
Iluminou... Era o vislumbre incerto,

Era a luz de um crepúsculo indeciso
Entre os clarões de um sol que já vai longe
E as sombras de uma noite que vem perto!...

A cruz da estrada, Castro Alves (1847-1871)

Invideo quia quiescunt.LUTHERO
Tu que passas, descobre-te! Ali dorme
O forte que morreu.
A. HERCULANO

Caminheiro que passas pela estrada,
Seguindo pelo rumo do sertão,
Quando vires a cruz abandonada,
Deixa-a em paz dormir na solidão.

Que vale o ramo do alecrim cheiroso
Que lhe atiras nos braços ao passar?
Vais espantar o bando buliçoso
Das borboletas, que lá vão pousar.

É de um escravo humilde sepultura,
Foi-lhe a vida o velar de insônia atroz.
Deixa-o dormir no leito de verdura,
Que o Senhor dentre as selvas lhe compôs.

Não precisa de ti. O gaturamo
Geme, por ele, à tarde, no sertão.
E a juriti, do taquaral no ramo,
Povoa, soluçando, a solidão.

Dentre os braços da cruz, a parasita,
Num abraço de flores, se prendeu.
Chora orvalhos a grama, que palpita;
Lhe acende o vaga-lume o facho seu.

Quando, à noite, o silêncio habita as matas,
A sepultura fala a sós com Deus.
Prende-se a voz na boca das cascatas,
E as asas de ouro aos astros lá nos céus.

Caminheiro! do escravo desgraçado
O sono agora mesmo começou!
Não lhe toques no leito de noivado,
Há pouco a liberdade o desposou.

ÁLVARO LINS E AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA, SOBRE MÁRIO DE ANDRADE

"ENTRE OS NOSSOS ESCRITORES CONTEMPORÂNEOS É MÁRIO DE ANDRADE A MAIS COMPLETA VOCAÇÃO DE POLÍGRAFO. SEU ESPÍRITO INQUIETO EXPERIMENTOU NUMEROSOS GÊNEROS - E É FORÇA DIZER QUE NUNCA SE SAIU MAL NESSAS AVENTURAS DA INTELIGÊNCIA, E SAIU-SE NÃO RARO EXCELENTEMENTE. NÃO É PEQUENA SUA OBRA DE ENSAÍSTA, CRÍTICO LITERÁRIO, CRÍTICO DE ARTE, FOLCLORISTA, MUSICÓLOGO, FICCIONISTA E POETA, VIVAMENTE ASSINALADA PELA MARCA DO MODERNISMO, MOVIMENTO DE QUE FOI, DESDE OS PRIMEIROS TEMPOS, UMA DAS FIGURAS DE MAIOR RELEVO".

MARINA SILVA, SEGUNDO ROSEANA MURRAY

MARINA SILVA O inesperado abre suas asas. Marina Silva, brasileira, mulher, negra, profundamente conhecedora da nossa realidade, apaixonada pelas árvores, pela Amazônia, pelo meio ambiente, pela vida, quem sabe será candidata a Presidente da República. Marina tem as mãos limpas e não mente. É verdadeira no que faz e não se deixa intimidar. Juan Arias, meu marido, foi entrevistá-la em seu apartamento em Brasília quando ainda era Ministra. Um apartamento pequeno e simples. Não possui mansões, não tem tesouros escondidos. Talvez Marina seja para o Brasil o que Obama foi para os Estados Unidos. Talvez Marina venha para ajudar a drenar os pântanos, o lodo, a vergonha que cobre nosso país. Por favor Marina, estamos todos tão cansados deste teatro de horrores, venha com o teu coração aberto virar o Brasil do lado do avesso. Quando eu trabalhava para o Proler viajei muito pelo interior do Brasil. É um povo tão lindo, tão limpo, este é o Brasil que todos merecemos. Marina pode nos devolver o verdadeiro Brasil.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

DE GUSTIBUS...

PORQUE SONHEI COM VOCÊ, NÃO DORMI NOITE PASSADA. EM CLARO, VISLUMBRAVA VOCÊ.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Il Est Cinq Heures, Paris S'éveilleParoles : Jacques Lanzmann, Anne SégalenMusique : Jacques Dutronc

Je suis le dauphin de la place Dauphine
Et la place Blanche a mauvais' mine
Les camions sont pleins de lait
Les balayeurs sont pleins d'balais
Il est 5 heures, Paris s'éveille, Paris s'éveille
Les travestis vont se raser
Les strip-teaseuses sont rhabillées
Les traversins sont écrasés
Les amoureux sont fatigués
Le café est dans les tasses
Les cafés nettoient leurs glaces
Et sur le boulevard Montparnasse
La gare n'est plus qu'une carcasse
Les banlieusards sont dans les gares
À la Villette on tranche le lard
Paris by night regagne les cars
Les boulangers font des bâtards
La Tour Eiffel a froid aux pieds
L'Arc de Triomphe est ranimé
Et l'Obélisque est bien dressé
Entre la nuit et la journée
Les journaux sont imprimés
Les ouvriers sont déprimés
Les gens se lèvent ils sont brimés
C'est l'heure où je vais me coucher
Il est 5 heures Paris se lève
Il est 5 heures je n'ai pas sommeil

JORGE LOVISOLO, MI LECTOR FAVORITÍSIMO

Querido Latufinho:Cada libro inaugura un mundo posible.Abre horizontes, despliega un abanico de senderos que se bifurcan, convoca al lector que lo esperaba para regalarle paisajes, sentimientos, inquietudes y alegrías de desenlace incierto. El autor responde a la demanda de su criatura con rituales propiciatorios acordes al acontecimiento: como un sacerdote pagano oficia la ceremonia bautismal con una constelada túnica roja: las estrellas marinas de Saquarema se suman a la celebración, abandonan el fondo arenoso y de un salto se prenden a la túnica sin más finalidad que condecorar a quien tuvo la suerte de darlo a luz. Sólo podrá comprender ese libro quien tuvo visiones parecidas: también los libros tienen misteriosas afinidades electivas.Si las páginas de ese libro albergan ciertas poesías afortunadas, disculpe el lector al autor por la descortesía de habérsele adelantado. La belleza no es privativa de nadie, excepto de los espíritus nobles.Un abrazo.Jorge

terça-feira, 18 de agosto de 2009

HÉLIO NICOLETTI, ADVOGADO INTERNACIONAL

Querido Amigo e Mestre,Muito grato pelas fotos que fixaram momentos gloriosos do queridíssimoLatuf. Nós fomos apenas coadjuvantes dessa festa maravilhosa, na qual incensamos merecidamente o magnífico ator e autor.Beijos, Hélio

LUCIANA COLUCCI, PROFESSORA DOUTORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERABA-MG

Bom dia, homem das letras...


fotos lindas..... figurino impecável.... e o sorriso de quem sabe do próprio valor, do lugar que ocupa em Saquarema e no coração dos amigos que fez pelo mundo.... até em Uberaba....

beijo, saudade

domingo, 16 de agosto de 2009

FERNANDO PESSOA, CANCIONEIRO, P. 60

FOSSE EU UMA METÁFORA SOMENTE
ESCRITA NALGUM LIVRO INSUBSISTENTE
DUM POETA ANTIGO, DE ALMA EM OUTRAS GAMAS.

INQUIETAÇÕES

AMANHÃ, RECOMEÇA, DEPOIS DE UM RECESSO QUASE LONGO, O PERÍODO LETIVO E EU, EM BUSCA DE BIBLIOGRAFIA, CLÁSSICA E ATUALIZADA, DESMONTO TODA A MINHA BABÉLICA BIBLIOTECA. PERCO-ME NA MIRÍADE DE MEUS LIVROS, FIEL COMPANHIA. À MEDIDA QUE VOU GARIMPANDO MEUS TEXTOS, SINTO CERTA ANGÚSTIA E CHEGO A ACHAR-ME INCOMPETENTE, INCAPACITADO, ILETRADO QUASE. MAS, QUANDO ARTICULO MEUS CURSOS, ANTIGOS E NOVOS, REJUVENEÇO-ME, PENSANDO NA SOFREGUIDÃO DE MEUS ALUNOS, CONHECIDOS, RECONHECIDOS E DESCONHECIDOS. O SOL BRILHA INTENSAMENTE NO CÉU AZULÍSSIMO E SOU UM JOVEM PROFESSOR, COM VELHAS PREOCUPAÇÕES.

sábado, 15 de agosto de 2009

VITÓRIA & KIRA RIDE AGAIN

ENQUANTO EU TRAZIA KIRA PARA A CASA DA VITORINHA, ELA CONVERSOU MUITO COMIGO. PERGUNTEI-LHE QUAL A CIDADE MAIS BONITA: SAQUAREMA OU BARCELONA. "SAQUAREMA", RESPONDEU ELA, SEM TITUBEAR, PASSANDO PELO MIRANTE DO MORRO DA CRUZ. DE QUAL DAS DUAS VOCÊ MAIS GOSTA? "DE BARCELONA, PORQUE AHÍ ESTÁ MI PAPI Y MI CASA". QUIS SABER POR QUE VITÓRIA A CHAMA DE PAPIRA. DISSE-LHE QUE É PORQUE ELA É NETA DE ESCRITORES... KIRA GOSTA DE SER CHAMADA PAPIRA POR VITÓRIA. QUANDO EU RELATAVA A ROSEANA E A JUAN COMO AS DUAS AMIGUINHAS INTERNACIONAIS PASSARAM O DIA NO PORTO DA ROÇA, KIRA ACRESCENTOU: "YO HÉ CAÍDO EN LA ESCALERA". MAS NÃO COMENTOU QUE NÃO CHOROU, QUE OTAVINHO, PAI DE VITÓRIA, A PÔS NO COLO E QUE GABRIEL, O CAÇULA DE 2 ANINHOS, COLOCOU, NO COLO DELA, UMA BONECA. JAMAIS ESQUECEREI ESSA CENA DE AMOR INFANTIL.

VITÓRIA SHERAZADE LATIFA & KIRA VELVET

FOI AMIZADE À PRIMEIRA VISTA O QUE OCORREU ENTRE MINHA NETA VITORINHA, DE 5 ANOS, E KIRA, DE QUASE QUATRO ANINHOS, NETA DE JUAN & ROSEANA, QUE, TODOS OS ANOS, VEM DE BARCELONA PASSAR FÉRIAS EM SAQUAREMA. ANO PASSADO, KIRA VEIO À CASA DE VITÓRIA E AMBAS BRINCARAM COMO VELHAS AMIGAS. EMBORA CADA UMA FALASSE UMA LÍNGUA DIFERENTE, VIGOROU A LINGUAGEM DA HARMONIA E DE UM RARÍSSIMO AFETO. ESTE ANO, SABENDO QUE SUA AMIGUINHA ESPANHOLA ESTAVA NO BRASIL, VITORINHA ME DISSE LITERALMENTE: "VÔ, TENHO QUE IR VER KIRA, ANTES QUE ELA VÁ EMBORA"; ENTÃO, LEVEI-A À CASA DOS AVÓS DE KIRA; LÁ CHEGANDO, A VISITANTE EXCLAMOU: "COMO VOCÊ CRESCEU!" NAQUELA TARDE GLORIOSA DE CÉU AZUL SEM NUVENS E UM MAR ABSOLUTAMENTE TURQUESA, AMBAS BRINCARAM MUITO, ANDARAM NA BELA BICICLETA ROSA, FIZERAM DE NANA - A NOVA GATINHA - GATO E SAPATO, LANCHARAM SUPIMPAMENTE E TROCARAM CONFIDÊNCIAS, EM SAQUAREMÊS E CATALÃO... ONTEM, KIRA VEIO PAGAR A VISITA. QUANDO CHEGOU, GABRIEL, DE 2 ANOS, FICOU ENCANTADO COM ELA, QUE POUCA ATENÇÃO LHE DEU, PORQUE ELE É UM "BABY". ASSISTIRAM, PELA ENÉSIMA VEZ, AOS FILMES "MARY POPPINS'" E "MADAGASCAR", COMERAM UMA LATA INTEIRA DE BISCOITOS AMENTEIGADOS. PARA MIM, O QUE MAIS MARCARÁ ESTA SEGUNDA VISITA DE KIRA À SUA AMIGUINHA VITÓRIA FOI QUE ELA TREPOU, PELA PRIMEIRA VEZ, EM UMA ÁRVORE, JUSTAMENTE UM JASMINEIRO LINDÍSSIMO, QUE ESTENDE, GENEROSAMENTE, SEUS GALHOS PARA QUE OS PIMPOLHOS DELE FAÇAM GANGORRA E UM PARQUE VIVO DE DIVERSÕES. VITORINHA & KIRA SÃO GRANDES AMIGAS, MODELO DA HARMONIA QUE SUPERA A CONFUSÃO BABÉLICA DO MUNDO.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

RECEITA DE REPELENTE CASEIRO

Esta receita foi passada por pessoas de uma colônia de pescadores de Muriquí que nunca tiveram dengue ou 'afins'. O excelente é que não intoxica; pode ser usado à vontade.Divulguem esta receita para seus amigos e parentes!- 1 garrafa de álcool;- meio vidrinho de óleo Johnson, ou óleo para bebê, para não desidratar a pele;- 1 pacote de cravo (mais ou menos 30 cravos) da Índia em infusão por uma noite.Torna-se um excelente repelente caseiro!!!!!Os pescadores há muito, já conhecem esta mistura, usam sempre em suas noites de pescaria para evitar picadas de insetos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

EL FUTURO DE LA POESÍA, EL PAIS

REPORTAJE
El futuro de la poesía no cabe en los libros
Escasos lectores, lecturas multitudinarias - Los festivales y recitales conectan con la calle y amplían el horizonte del género
JAVIER RODRÍGUEZ MARCOS 12/08/2009

El pasado 27 de mayo, poco antes de que Samuel Eto'o marcara en Roma el primer gol del F. C. Barcelona en la final de la Liga de Campeones frente al Manchester United, el escritor colombiano Darío Jaramillo leía, en la propia Barcelona y junto a otros poetas, sus versos ante la multitud que llenaba el Palau de la Música: "Ese otro que también me habita, / acaso propietario, invasor quizás o exiliado en ese cuerpo ajeno o de ambos, / ese otro a quien temo e ignoro, felino o ángel, / ese otro que está solo siempre que estoy solo, (...) / eco o palabra, esa voz que responde cuando me preguntan algo, / el dueño de mi embrollo, el pesimista y melancólico y el inmotivadamente alegre, / ese otro, / también te ama".
Vacío pero histórico
¿Prefieres leer poesía o escucharla?
ENCUESTA - 583 - Resultados
Leerla
Escucharla
Ninguna de las dos
La noticia en otros webs
webs en español
en otros idiomas
Sólo el 1,9% de los lectores habituales se decanta por los versos
"No basta con leer un texto; hay que interpretarlo", dice Silvia Grijalba
La poesía se ha intelectualizado demasiado, según algunos expertos
Los autores apelan a lo íntimo en la inmensidad de los estadios
Es cierto que los 600 espectadores instalados en el auditorio diseñado por Domènech i Muntaner son pocos al lado de los 85.000 que abarrotaban el Estadio Olímpico romano, pero su presencia allí es todo un síntoma de que las minorías, como quería Juan Ramón Jiménez, también pueden ser inmensas.
Un dato a tener en cuenta en tiempos en los que la cultura ha terminado como las manifestaciones callejeras: midiéndose con el criterio de la masa, ya se trate de los clics de una página web o de las entradas a un museo de arte.
"Al salir la ciudad estaba desierta. Todo el mundo viendo la tele. Pero la sala estaba llena", recuerda Jaramillo. "Además, ¡habían pagado entrada para escucharnos! ¡Seis euros!".
El autor colombiano, uno de los referentes de la lírica latinoamericana viva y autor de títulos como Aunque es de noche y Cantar por cantar (editados por Pre-Textos), nació en la región de Antioquia, pero ha pasado buena parte de su vida en Medellín. En esa ciudad tiene lugar el festival de poesía más popular en lengua española. En julio pasado celebró su 19ª edición, en la que, durante siete días, participaron 65 autores de 43 países.
En ese festival, el leonés Antonio Colinas, que acaba de publicar la antología Nuestra poesía en el tiempo (Siruela), recuerda haber leído, en una edición anterior, ante 10.000 personas en un campo de fútbol. En su opinión, en América la poesía tiene mucha más presencia en la vida de la gente: "Aquí tal vez la intelectualizamos más y eso nos ha hecho perder un poco la conexión con la calle. Se ha ido quedando como materia de estudio".
Más allá del festival, el propio Jaramillo relata una lectura organizada en 1989 en el Centro de Convenciones de Medellín. Y de nuevo, con fútbol al fondo: "Los poetas pensábamos que nadie concurriría, porque a esa misma hora se retransmitía la semifinal de la Copa Libertadores, que jugaba un equipo de Medellín. Para colmo, desde dos horas antes se largó un aguacero inmisericorde sobre la ciudad. Pero ni el fútbol ni la lluvia fueron obstáculos para que el aforo fuera completo: más de 6.000 personas".
Además, muchos autores latinoamericanos recuerdan como un hito el festival que tuvo lugar en Caracas en 1997. Por allí pasó durante tres días otro escritor colombiano, Jaime Jaramillo Escobar, para impartir un taller titulado Método fácil y rápido para ser poeta.
El último día la organización tuvo que poner altavoces fuera del complejo en el que se celebraba el acto: mucha gente había pasado la noche en tiendas de campaña para coger sitio. En opinión de Colinas, "la poesía interesa a más gente de lo que parece. Puede, eso sí, que tenga más lectores que compradores".
Las últimas encuestas sobre hábitos de lectura en España reflejan, en efecto, que tal vez no pase por los libros el futuro de un género que durante siglos representó la esencia misma de la literatura: la novela era un mero entretenimiento. Hoy parece increíble que la poesía fuera tradicionalmente parte decisiva en la formación de cualquier persona culta, incluidos los poderosos de la Tierra.
Según los datos más recientes, referidos a 2008, de la Federación de Gremios de Editores de España, el 80% de los lectores habituales lo son de literatura. De éstos, casi el 95% lo es de narrativa. El resto se lo reparten, el ensayo (2,9%), la poesía (1,9%) y el teatro (0,9%). Según los mismos datos, la tirada media de una novela es de 6.700 ejemplares (la mitad en el caso de los títulos más estrictamente literarios). Un libro de poemas es casi un best seller si pasa de 2.000.
"No sé explicar la supuesta contradicción entre que haya lecturas públicas multitudinarias y escasez de lectores, pero intuyo que es apenas una contradicción aparente", dice Darío Jaramillo. "Pienso que los compradores de libros de poesía leen más los libros que compran que los compradores de novelas". Suele decir Francisco Brines, recordando al citado Juan Ramón Jiménez, uno de sus maestros: la poesía no tiene público, tiene lectores. Con todo, parece que también empieza a tener lo primero. Sobre todo gracias a la proliferación en nuestro país de festivales como los de Barcelona, Granada o Córdoba.
En esta última ciudad surgió hace seis años Cosmopoética, convertido hoy en uno de los festivales literarios de mayor prestigio en España, por el que, durante tres semanas, pasan desde premios Nobel hasta autores emergentes, a los que acude a escuchar cada año una media de 20.000 espectadores. Como recuerda su coordinador, el escritor Carlos Pardo, "dicha, la poesía no asusta tanto como escrita porque mucha gente la asocia a los penosos exámenes del bachillerato. Las lecturas de poemas muestran muy bien la doble faceta del género: íntima, pero universal, que apela al yo de las sociedades".
No obstante, Pardo insiste en que un festival, por muchos que sean los asistentes, debe mantener "el respeto a la poesía como arte de lo pequeño, el detalle y el matiz". Y se pregunta si no hará falta "una buena dosis de efectismo" para sacudir grandes auditorios: "Muchos autores latinoamericanos me cuentan su sufrimiento para encandilar a un estadio (lo más parecido a un jurado popular) con poemas escritos para un lector, un único tú que apela a lo más íntimo. Y lo pasan mal".
En el fondo, la salida de la poesía fuera de los libros tiene mucho de vuelta al origen. El género nació asociado a la música y los versos son mucho más antiguos que el papel. Y que la escritura. Al hablar de la tradición poética, el académico Francisco Rico, que acaba de publicar la antología bilingüe Mil años de poesía europea (Backlist), lo expresa así: "Tan importante o más que la letra eran la música, la calidad de la ejecución y la mímica. Regía ahí el mismo principio que certifica que la inmensa mayoría de los aficionados a la ópera o el rock no entiende el italiano ni el inglés".
La subida a los escenarios y su asociación con la música son, precisamente, otros de los canales que están sacando la poesía del terreno de su reserva india. Y lo hacen bajo nombres que tienen sus propios festivales -polipoesía y Spoken Word-, dos maneras de nombrar un híbrido que conjuga lectura, improvisación, audiovisuales, performances y música. En el Centro de Cultura Contemporánea de Barcelona nació un importante festival polipoético en los años noventa y, actualmente, en La Casa Encendida de Madrid, se celebra anualmente otro más, Yuxtaposiciones.
Silvia Grijalba, que dirige desde hace cinco años el festival Spoken Word -que empezó desarrollándose en Sevilla, este año se extendió a Gijón y podría seguir sumando sedes en el futuro-, sostiene que su intención ha sido siempre "que la gente le pierda el miedo a la poesía sin perderle el respeto". Al hablar de un evento por el que han pasado nombres como Nick Hornby, Alessandro Baricco, Irving Welsh o Marlango Grijalba insiste en que la música en él es algo secundario: "Nuestro festival es sobre todo literario, no Benicàssim. Pero tampoco sirve que un escritor lleve sólo acompañamiento musical. Por bueno que sean el escritor y el músico. El spoken word es un género en sí mismo, un espectáculo total. No basta sólo con leer un texto, hay que interpretarlo".
En su opinión, la fórmula sirve para que los no habituados a la poesía se acerquen a ella. Y para ganar lectores. Para ello las armas del espectáculo son tan buenas como las mejores: "Recuerdo la actuación de Julian Cope. Fue una mezcla de tradición y punk. Intervino vestido con un pantalón militar y sin camiseta, pero recitó un poema épico perfectamente clásico sobre unos yacimientos megalíticos".
La poesía, en efecto, es más antigua que los libros. Puede que parte de su supervivencia esté en la vuelta a momentos como aquellos en los que, mucho antes siquiera de pensar en escribirla, un griego empezó a darle vueltas en su cabeza a una frase que empezaba: "Cuéntame, Musa...". Y hasta hoy.

Vacío pero histórico
Mario Benedetti, tal vez el poeta más popular de América Latina después de Pablo Neruda, murió en Montevideo el 17 de mayo pasado. Semanas antes, la Biblioteca Nacional de Madrid le había dedicado un homenaje al que la gente acudió masivamente a leer sus poemas o, simplemente, a escuchar como sus amigos hablaban del poeta. Dos días después de su muerte, el poeta Antonio Gamoneda presentó sus memorias. La pregunta cayó por el peso de la actualidad: "¿Qué opina usted de Mario Benedetti?". El poeta leonés y premio Cervantes respondió: "Su muerte me ha entristecido. Era un hombre necesario que destacó por su honradez intelectual y capacidad de crítica. Lo que intentó hacer lo hizo bien. Cumplió su propósito ampliamente. Respeto su manera de entender la poesía pero no la comparto. Para mí, la palabra meramente informativa y la crítica moral tiene su lugar en los periódicos, en la televisión, en los púlpitos si se quiere, pero la modalidad esencial del pensamiento poético no es ni reflexiva ni crítica sino un tipo de otra naturaleza, y determina un lenguaje que también es de otra naturaleza".
Aunque mucha gente prefirió leer en blanco y negro los grises de esas declaraciones, la polémica que provocaron -la gran minipolémica literaria del curso pasado- era sólo un capítulo más en la vieja disputa entre una poesía que busca comunicarse con el lenguaje cotidiano porque lo considera el lugar ideal del entendimiento humano y la que busca subvertirlo porque lo considera el sitio en el que se encarnan todas las inercias que someten a la humanidad. La irresoluble disquisición estética, no obstante, conlleva también un choque entre la claridad y el hermetismo, la mayoría y la minoría.
Lo curioso es que, popularidades como la de Benedetti aparte, clara o hermética, la poesía carga desde hace décadas con el sambenito de ser eso, poesía, una palabra que rima con minoritario. Y de minoritario a residual no hay más que un paso. La supuesta falta de importancia que se deriva de ese carácter termina, así, siendo un clamor. Sobre todo cuando la cultura queda presa de la estadística y el número de ejemplares vendidos de un libro deja de ser un asunto sociológico para convertirse en criterio estético. Contra esa tendencia siempre quedarán escenas como aquélla de la película 24 hour party people, de Michael Winterbottom, en la que alguien recuerda el concierto que los Sex Pistols dieron en Manchester el 4 de junio de 1976. "Yo diría que fue histórico", dice el personaje. "¿Cómo pudo ser histórico si sólo había 42 personas?", le responde otro. Y el primero contestaba: "¿Y eso qué importa? ¿Cuánta gente hubo en la última cena?".

CARLOS CEIA, DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA, ORGANIZADOR DO DICIONÁRIO DE TERMOS LITERÁRIOS

Colaborações como o do meu amigo são fundamentais para o projecto crescer e ser finalmente completado. É tempo de lhe agradecer do coração o muito que tem feito para divulgar o projecto e para lhe acrescentar verbetes de grande qualidade. Receba o meu mais caloroso agradecimento!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

FUNÇÕES

O GUARDA-VIDAS TOMA CONTA DA ONDA.
EU ME DOU CONTA DA ONDA.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

MAIS UM APOSENTADO NO MERCADO

HOJE, DIA 11 DE AGOSTO DE 2009, INSTAUREI PROCESSO PARA A MINHA APOSENTADORIA, ATITUDE QUE GEROU EM MIM UMA SÉRIE DE SENSAÇÕES, COMO A DE ALÍVIO, A DE UM CREPÚSCULO GLORIOSO E, SOBRETUDO, A DE UMA COLHEITA. VENDO O FUNCIONÁRIO DO INPS EXAMINAR 1001 DOCUMENTOS MEUS, INCLUSIVE MINHA CERTIDÃO DE NASCIMENTO, SENTI CERTA NOSTALGIA: TEREI EU VIVIDO TANTO, TRABALHADO TANTO, ME ESFORÇADO TANTO? INTIMAMENTE, DISSE PARA MIM MESMO QUE MINHA MÃE ESTARIA ORGULHOSA DE MIM, QUE APRENDI SUAS LIÇÕES DE ÉTICA. MINHA APOSENTADORIA SERÁ O TEMPO DA CRIAÇÃO, DA RECRIAÇÃO, DA EX-PRODUÇÃO.
SUBITAMENTE, RECEBO, VIA INTERNET, ESTA FRASE:
"La inactividad sólo apetece cuando tenemos demasiado que hacer."

Noel Coward

ONZE DE AGOSTO

QUANDO PENSO EM AMOR,
SÓ PENSO EM VOCÊ.
QUANDO PENSO EM VOCÊ,
SÓ PENSO EM AMOR.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

“Los conjurados”. Jorge Luis Borges.

Se trata de hombres de diversas estirpes, que profesan diversas religiones y que hablan en diversos idiomas.
Han tomado la extraña resolución de ser razonables.
Han resuelto olvidar sus diferencias y acentuar sus afinidades. (…)
Mañana serán todo el planeta.
Acaso lo que digo no es verdadero; ojalá sea profético.

E-mail enviado pela Dra. Káthia Ribas:

Queridos amigos:
Tenho recebido perguntas e informações, as mais diversas das mais diversas fontes, muitas delas alarmistas... e temos que ser realistas. Apesar de estar em férias, dediquei esta última semana para uma intensa participação e pesquisa junto à todas as entidades oficiais competentes sobre o assunto, e não tenho motivos para achar que elas estejam ocultando ou minorando a real dimensão do problema. Estive com o Secretário Estadual de Saúde, participei da reunião do Ministério da Saúde, conversei com as autoridades da Vigilãnica Sanitária, SAMU e Secr Municipal de Saúde, além de epidemiologistas e infectologistas. Não satisfeita, liguei para o CDC (Centro de Controle de Doenças em Atlanta), onde trabalha uma colega minha de turma. A situação atual é a seguinte: O virus H1N1 já ultrapassou a barreira inicial, circula livremente entre nós, veio para ficar. Nesta 1º onda do virus no Brasil, calcula-se que 70.000.000 de brasileiros terão contato com ele até final de setembro. Das atuais viroses respirat. presentes no sul do país, 60% já são do novo virus, isto é, das pessoas com gripe que falamos ou que circulam na rua, ônibus, bares, igrejas clubes, tec, mais da metade já tem o novo virus... isto é uma projeção estatística , ou seja , não há mais capacidade para se fazer exame de todos os suspeitos. A condução dos casos será como da gripe comum, e somente os casos graves ou em grupos de risco haverá dispensação da medicação anti viral. O virus H1 N1 tem maior transmissibilidade que o virus influenza , mas tem MENOR PATOGENICIDADE, OU SEJA MATA MENOS QUE A GRIPE COMUM... acontece que ele tem tropismo por organismo com alguma brecha imunológica que comprometa as defesas habituais, então ele pode ser potencialmente mais agressivo em pacientes com: nutrição inadequada, más condições de higiene, cardiopatas e pneumopatas cronicos, asmáticos graves, renais crônicos, diabeticos, obesos mórbidos, pessoas em tto com imunossupressores (corticoides, tto para câncer) e doenças degenerativas. Em pessoas hígidas, dificilmente haverá complicação, e , volto e frisar, a MORTALIDADE É MENOR QUE O VIRUS INFLUENZA. Em 2008, só no mes de julho, 4500 pessoas morreram de gripe comum no Brasil. Estamos com 47 mortes pelo novo virus em 18 dias de circulação... [deve ser de algum tempo atrás a mensagem, mesmo; G.Povo de 05/08/09, hoje, diz que informação divulgada pelas autoridades da área da saúde no Paraná é de 25 mortes no Estado (das quais 19 em Curitiba), até opntem, portanto].Temos que estar ALERTAS, isto sim, pois é um virus novo, pode sofrer mutações, e ainda estamos aprendendo a conviver com ele. Por enquanto o importante é: boa alimentação, SUCOS DE FRUTAS, ÁGUA, ÁGUA DE COCO, VERDURAS, AMBIENTES AREJADOS, HIGIENE ADEQUADA DE MÃOS E VIAS AÉREAS, LAVAGEM DE MÃOS VÁRIAS VEZES AO DIA. ALCOOL PODE SER USADO EM SUPERFICIES POTENCIALMENTE CONTAMINADAS (MESAS DE CONSULTÓRIO, LOCAIS ONDE PESSOAS TENHAM ESPIRRADO, (mas sem maiores neuras, por favor, teremos que conviver alguns meses com este virus, como os tantos outros de gripe...) As Máscaras continuam recomendadas para quem está com quadro gripal, em respeito aos outros, e em alguns serviços de Pronto Atendimento , para as equipes de Saúde... nada de sair pela rua e shoppings com máscara e vidro de alcool gel na mão, precisamos de bom senso, tranquilidade é pés no chão.. Evitar locais fechados, aglomerações shoppings, cinemas, bares, chimarrão e nerguille, pelo menos nos próximos 15 dias (a partir de...?!?), enquanto o virus está em "curva ascendente"... Depois, é vida normal. O anti viral - Tamiflu- só será disponibiçizado pela SMS para os casos comprovadamente graves, não tomem para qq gripe, pois aumenta a resistencia do bicho... Em 99,85% dos quadros de H1 N1 a evolução será ABSOLUTAMENTE BENIGNA, ou seja, portados assintomático, sintomas leves ou moderados, perfeitamente tratados com: cama e sintomáticos (repouso por 5 dias está mais que suficiente). O afastamento das aulas é muito mais uma medida tranquilizadora para os pais, enquanto as equipes das escolas são adequadamente preparadas para receberem os estudantes e conviverem com a nova doença. As 2 gripes estão ai, os sintomas são idênticos, não há porque saber se é gripe A ou influenza, a conduta será igual, e evoluirá geralmente bem. Tivemos mortes, sim (porém 3 das mortes da semana passada acabaram se confirmando como da influenza, e não da gripe A).Alguns jovens saudáveis faleceram sim, mas na grande maioria , mesmo nos jovens, havia algum fator basal predisponente: acompanhei 3 casos: 1 criança do interior(desnutrida); 1 adulto com 33 anos (cirrose ) e 1 senhora de 54 anos (asmática grave). Portanto, amigos, muita cautela na tranmissão de informações: A CALMA É FUNDAMENTAL, OS CUIDADOS GERAIS TAMBÉM. DEVEMOS ESTRA ALERTAS, MAS TEMOS QUE SEGUIR A VIDA COM NORMALIDADE, PORQUE A GRIPE SAZONAL MATA MUITO MAIS QUE ESTA E NUNCA TEVE ESTA DIMENSÃO DE ALARME. Evitem lotar os hospitais com casos leves, só em casos de febre = ou > de 38ºC (este é o fator patognomônico!!), dor de garganta ou dificuldade respiratória as pessoas deverão procurar os postos de Saúde. Estamos conectados diariamente com a SMS, SESA e Central de Leitos, qualquer alteração na condução dos casos ou orientações gerais, haverá ampla divulgação Abç, Káthia Ribas CRM 9448Gerência do Instituto Curitiba de Saúde

PROJETO DE LIVRO

DESDE DE QUE LHES ANUNCIEI, À ROSEANA MURRAY E AO JUAN ARIAS, MINHA INTENÇÃO DE APOSENTAR-ME DO MAGISTÉRIO ACADÊMICO, ELES INSISTEM COMIGO EM ESCREVER UM LIVRO SOBRE MINHA EXPERIÊNCIA, ÚNICA, ORIGINAL E, ATÉ CERTO PONTO, REVOLUCIONÁRIA, COMO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO. TENHO PENSADO MUITO NO DEVER DE UMA CONTRIBUIÇÃO MINHA, DO ALTO DE MINHAS TRÊS DÉCADAS DE PRÁTICA DOCENTE, À REFLEXÃO SOBRE O PAPEL DO PROFESSOR. COMEÇARIA MEU LIVRO DE MEMÓRIAS DE UM PROFESSOR, QUE QUISERA, EM TEMPOS IDOS, SER SANTO, COM MINHAS LEMBRANÇAS DE INFÂNCIA, QUANDO ALFABETIZAVA MARIA, MINHA IRMÃ-CAÇULA. DEPOIS, FALARIA DE MACAÉ, EM CUJA FACULDADE - FAFIMA -, EXERCI, POR PRIMEIRA E DEFINITIVAMENTE VEZ, MINHA FUNÇÃO DE PROFESSOR DO TERCEIRO GRAU. A PARTIR DAÍ, IT IS A LONG WAY... COMPRE O LIVRO E ASSISTIRÁ A UM BELO FILME!

PROVÉRBIOS

PORQUE ESSENCIALMENTE IDEOLÓGICOS, SÃO PERIGOSÍSSIMOS OS PROVÉRBIOS, QUE, NO ENTANTO, ME ENCANTAM POR SUA SABEDORIA POPULAR, TANTO É QUE SEMPRE PENSEI EM ESCREVER UM LIVRO, INTITULADO "OS PROVÉRBIOS DE MINHA MÃE", QUE, EM NOSSA RÍGIDA EDUCAÇÃO, OS RECITAVA. NA BELA CANÇÃO "MULHERES DE ATENAS", CHICO BUARQUE, POETA PÓS-MODERNO CLÁSSICO, DESCONTRÓI OS PROVÉRBIOS, ASSIM COMO O SEMIÓLOGO FRANCÊS ROLAND BARTHES CONSTRÓI TODA UMA SEMIOLOGIA ARRUINADORA DA IDEOLOGIA, OCULTA NOS PROVÉRBIOS, REPETIDOS SEM UMA REAL CRÍTICA. CONTUDO, HÁ UM PROVÉRBIO FRANCÊS, EM QUE PESE SUA ARISTOCRÁTICA IDEOLOGIA, QUE ME ENCANTA E QUE, ÀS VEZES, REPITO PARA ALGUM AMIGO OU PARA MIM MESMO: "NOBLESSE OBLIGE". QUE CADA UM O INTERPRETE COMO QUISER; QUANTO A MIM, LEIO, NESSE PROVÉRBIO ELITISTA, UMA QUESTÃO DE DEVER E RESPONSABILIDADE PARA COM QUEM SE AMA. E AMAR É DIGNO E SUPERA TODA E QUALQUER IDEOLOGIA DOMINADORA.

VITÓRIA LATIFAMILIAR

"EU NÃO SOU RAINHA", CONTESTOU-ME MINHA NETINHA. "SOU PRINCESA. RAINHA É MINHA MÃE. MEU PAI É REI. JOÃO OTÁVIO E GABRIEL SÃO PRÍNCIPES".
E VOVÔ, QUIS SABER.
"VOVÔ É IMPERADOR!"

¿Por qué la Iglesia teme a los diferentes? Juan Arias, El Pais

A la jerarquía católica le da miedo todo lo que se salga del orden por ella trazado en la liturgia, la fe, la familia, el sexo. Sin embargo, el profeta de Nazareth en el que se inspira fue un ser distinto, un heterodoxo

JUAN ARIAS 08/08/2009


Con el papa Benedicto XVI, el miedo de la Iglesia católica hacia los diferentes se ha agudizado. Se estudian incluso nuevas formas de castigo a los sacerdotes que se casen civilmente. A Roma le dan miedo todos los distintos, los que disienten de las rígidas normas de conducta por ella trazadas. Teme a los diferentes sexuales: gays, lesbianas, transexuales, prostitutas; a los diferentes religiosos: ateos, agnósticos, animistas, protestantes, judíos o musulmanes. Le irritan los divorciados, los sacerdotes que dejan los hábitos, las mujeres que abortan, los que practican la eutanasia, los suicidas, los adúlteros, los drogadictos. Arrecia sus castigos contra todos ellos.
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La Iglesia divinizó a Jesús para cubrir sus flaquezas. Él nunca se dijo Dios, sólo "hijo del hombre"
Fue un antisistema. Su vida y sus dichos eran una paradoja y una contradicción
Viví de cerca el drama de un embajador español ante el Vaticano, que se había separado de su mujer y se acababa de enamorar de otra. Lo vi algunas semanas desesperado. Pasó, de ser considerado un embajador simpático, preparado y fiable a ser persona non grata. Desesperado y desorientado, pidió ayuda y consejo a un alto prelado de Roma. "Hijo mío, eso tiene sólo una solución y está en las manos de Dios", le espetó con la mayor naturalidad. Se refería a que Dios tendría que enviar la muerte a su ex mujer, para que pudiese casarse con la otra. El embajador saltó del sillón horrorizado.
¿De dónde nace este miedo al diferente en la Iglesia, cuando Jesús de Nazareth, en quien dice inspirarse, era un ser diferente, que actuaba fuera de las normas, más aún, estaba contra las normas de su iglesia, la judía, cuando consideraba que contradecían la libertad del hombre? Se pronunció contra la ley del sábado, sagrada para los creyentes judíos; contra los sacrificios de animales en el Templo y las especulaciones económicas derivadas de aquellos sacrificios. La tomó a latigazos contra aquellos mercaderes.
A la Iglesia le da miedo todo lo que no se encuadra en el orden por ella trazado. Le gusta sólo la familia tradicional, por ejemplo, y cualquier intento de búsqueda de nuevas formas de relación humana más aptas a la mentalidad del tiempo, lo castra antes aun de ponerlo en discusión.
Lo mismo ocurre con el doloroso modo de la mujer de deshacerse de una gestación que puede ser su muerte psíquica, social o física. Y aún aquí la Iglesia tiene dos pesos y dos medidas, si se trata de una mujer seglar o de una religiosa. ¿Qué aconseja a los responsables de las monjas que, por ejemplo, en las Misiones, son violadas y quedan embarazadas? ¿Les deja libertad para dar a luz a ese hijo? ¿Qué haría con él la religiosa a la que no podría echársele de la Congregación pues había sido injustamente agredida? Me consta, de buenas fuentes que Roma da normas secretas a sus obispos al respecto.
En lo relativo al celibato obligatorio para los sacerdotes, se trata de algo realmente absurdo históricamente ya que sabemos que no sólo Jesús, los apóstoles y los primeros Papas estaban casados, sino también los obispos en los primeros siglos del cristianismo. Lo único que se les pedía a esos obispos casados era que tuvieran una sola mujer, para dar ejemplo a los fieles. ¿Cabe mayor hipocresía que el caso de dos parroquias en una misma ciudad, en las que en una, el sacerdote puede estar casado porque se convirtió del protestantismo al catolicismo cuando ya estaba casado, y en la de al lado el cura católico, que si quiere casarse, tiene que dejar la parroquia y el sacerdocio?
Al Jesús hombre, la Iglesia lo divinizaría más tarde para cubrir sus flaquezas. Él nunca se dijo Dios, sólo "hijo del hombre" que en arameo significa uno como los demás. Lo divinizó para cubrir sus miedos, a la muerte por ejemplo: sudó sangre de pavor en el Huerto de los Olivos y pidió a Dios que le ahorrase los horrores de la crucifixión. No era un héroe. Fue tildado de bebedor y comilón. En ninguna circunstancia de su vida fue un hombre de orden. Fue un antisistema. Su vida y sus dichos eran una paradoja y una contradicción. Arremetió contra la familia tradicional, algo sagrado entre los judíos: "¿Quiénes son mi madre y mis hermanos?" (Lucas 13,31ss), se preguntaba. Defendía a las mujeres adúlteras (Juan 8,3ss) contra la hipocresía de los fariseos, y exaltaba a las prostitutas: "Ellas tendrán un lugar mejor que vosotros en el Reino de los Cielos" (Mateo 21,31). Era amigo de todos a los que el sistema y el Templo marginaba, de los considerados de mala reputación como publicanos y pecadores.
Fue tachado de todo lo que puede ser acusado un diferente. Sobre todo fue considerado un endemoniado y un loco y en aquel tiempo la locura daba más miedo y producía más rechazo que hoy. Lo consideraban loco sus mismos hermanos: "está fuera de sus cabales", decían de él, como se lee en Marcos 3,20. Tan loco que los suyos fueron a recogerlo para llevárselo a casa. Tan fuera de sí, que quisieron despeñarle. Llegaron hasta a apedrearle, algo muy serio en aquel tiempo si se piensa que la pena de muerte más conocida entre los judíos era la lapidación o apedreamiento. La muerte en la cruz no era judía, era romana.
La Iglesia ha tenido y sigue teniendo miedo del Jesús hombre. Profesa que "se encarnó", que nació de una mujer, que tuvo todas las pasiones humanas, pero en realidad, cubre su humanidad con un tupido velo divino, para alejarlo de los hombres. Para los de su tiempo, Jesús era un profeta loco, que había salido de una aldea insignificante como Nazareth cuyo nombre ni aparecía en los mapas de aquellos tiempos, que no tenía miedo al poder al que más bien desafiaba. Al rey Herodes que le mandó un aviso para que dejase de predicar, les respondió llamándolo "zorra". Lo desobedeció.
Jesús no era un diplomático, ni hombre de medias tintas. Tenía alergia a la hipocresía y a la violencia. No condenaba, salvaba. No soportaba a los que juzgaban a los demás. Lo perdonaba todo. Sufría viendo sufrir. Curaba las enfermedades. No tenía miedo de la alegría, de la felicidad, ni del sexo. Multiplicó el vino en las Bodas de Canaá para que siguiera corriendo la fiesta. No dejaba ayunar a sus apóstoles. Comía y bebía en las mesas de los ricos fariseos, aunque personalmente era pobre, sin casa y a veces sin qué comer. Era un inconformista.
¿Cómo encajar este perfil del hombre-Jesús, un verdadero diferente en su sociedad, en la Iglesia católica, que aparece cada día más lejana de sus orígenes, con sus condenas, con sus alergias a todo lo que no comulga con ella, con sus adversiones al sexo, con su miedo a los que no piensan como ella, con su arrogancia de creerse la única fe verdadera?
Los Evangelios son escritos que la Iglesia considera inspirados por Dios, pero en la práctica los teme. Quizás por ello, poco a poco, los ha ido endulzando, tergiversando o sustituyendo por la teología, por el derecho, por los catecismos, por las encíclicas, por las bulas, por millones de decretos, generalmente de condenas.
Hasta a Francisco de Asís, el santo más parecido al profeta de Nazareth, que no quería para sus discípulos más reglas que las que están escritas en los Evangelios, le obligó el Papa de entonces a sintonizar con la Iglesia oficial de Roma. Le obligó a escribir una Constitución para su nueva Orden. A la Iglesia nunca le han bastado los Evangelios.
A mi mujer, autora de libros de poesía la invitaron una Navidad a ir a visitar un manicomio femenino de Río. Colocaron una mesita con sus libros para que los locos pudieran abrirlos y leer algunos de sus versos. Le pusieron a una enfermera de protección. No hizo falta. La poesía fue su mejor calmante aquel día. Una esquizofrénica, tras haber leído uno de sus poemas se le acercó y le dijo: "Dime la verdad, tú tienes que ser una loca como nosotras para poder escribir estas cosas".
Existe la locura del arte, la locura de la ciencia, la locura de la pasión amorosa, la locura por las aventuras, la dura locura de la mente. La de Jesús era la locura por todos los marginales, por los diferentes y sus debilidades. ¿Y la locura de la Iglesia? Desgraciadamente, la de la Iglesia oficial, la de la Iglesia de Roma, la de Benedicto XVI -no la de las periferias- sigue siendo más bien la locura del poder y de los anatemas. Aquel Jesús diferente, se ha quedado ya muy lejos de ella.

POSE DE APOSENTADO FUTURO

CURSEI MINHA PRIMEIRA PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS A FIM DE ORGANIZAR MINHA BIBLIOTECA AUTO-DIDATA.
HEI DE, EM BREVE, ME APOSENTAR PARA REORGANIZAR MINHA BIBLIOTECA DE ACADÊMICO.

AS ROSAS DE ALBERTO CAEIRO

NESTA MANHÃ DE SOL NUM AZUL SEM NUVENS, ACABO DE FAZER A COISA QUE TALVEZ MAIS GOSTE DE FAZER: REGAR OS JARDINS DE MINHA CASA, QUANDO ME SINTO UM DEUS FAZENDO CHOVER E DANDO BANHO NOS FAMBLOYANTS, NAS BROMÉLIAS, NOS HIBISCOS, NAS BANDEIRAS-DO-BRASIL, NAS ESPADAS DE SÃO JORGE, NAS COSTELAS-DE-ADÃO, NAS PALMEIRAS, NAS BANANEIRAS, NOS JAMINEIROS, NAS AZALÉIAS, NAS ALAMANDAS, NO PÉ-DE-ACEROLA, NAS ORQUÍDEAS... TERÁ ALGUMA PLANTA FICADO DE FORA DESTE MEU ELENCO "AMAZÔNICO"? QUE ME PERDOEM... TAMBÉM SE BANHAM, NA CHUVA QUE FAÇO CAIR, GUTO - NOSSO CÃO PARAFINADO -, ALGUNS PASSARINHOS DISTRAÍDOS E AS SETE TARTARUGAS, QUE INSISTEM EM FAZER AMOR O TEMPO TODO, TALVEZ A RECEITA DE SUA LONGEVIDADE...

ROSEANA MURRAY FAZ CRÔNICA-RESENHA SOBRE ÁGUAS DE SAQUAREMA

Medi(t)ação
Como quem olha a onda do mar
- surpresa que entedia -
vou reparando a espuma dos dias.

Latuf Isaías Mucci

Dia 8, sábado de lua-cheia, a antiga Prefeitura de Saquarema, casa lindíssima, recebeu um mar de gente para o lançamento do livro de poesia Águas de Saquarema do Professor/Mestre/Doutor em literatura, arte e vida, Latuf Isaías Mucci. Latuf estava vestido com um túnica oriental até os pés e era o verdadeiro anfitrião antigo, como o beduíno em seu oásis: para cada um tinha um sorriso e uma palavra especial. Seu livro é lindo, mistura todas as águas de Saquarema, é uma celebração, sua poesia é bela e cheia de humor. O livro é uma grande ode à cidade que escolheu para viver.Conheci Latuf e imediamente a literatura nos uniu e ficamos tão amigos que não consigo imaginar como passamos uma vida inteira sem nos conhecer. Latuf tem o coração aberto como uma caixa mágica de onde vão saindo as coisas mais inesperadas. Com seus olhos de poeta vai lendo o céu e a terra e nos deslumbrando com o que nos aponta, o que não havíamos visto antes dele. Latuf é um dervixe de alegria e seu livro é assim: alegre e denso.

domingo, 9 de agosto de 2009

CIDA DONATO, DOM DOS ORIXÁS!

Amado,ontem voltei a Saquarema, de corpo e alma. Há oito anos eu invadia a sua casa com muitos pães e meninos... Era um dia glorioso, no qual comemorávamos o meu título de mestre tendo você como o meu guia, e sequer me conhecia...Gozava eu, sem saber, da aura que o iluminara para compor os poemas, ontem publicados. Meses antes eu havia me recolhido, no sítio, para concluir a dissertação. Num esforço solitário, entre a escrita e o cuidar da garotada, meu texto fluía sob as suas, ainda não declaradas bênçãos.Nesses oito anos, Saquarema sempre foi para mim signo Latuf. Ontem revivi muitas coisas boas que guardo desse tempo precioso... E dormi, pela primeira vez, no colo de Iemanjá, na beira do mar de Saquarema.Foi lindo tudo! a tarde, a noite, a manhã de hoje...Você é uma bênção.Beijos CidocAgradecida

CICLO DOS LIVROS

EM 1984, POR INICIATIVA DE MEU PRIMO, O POETA E ARTISTA PLURAL MAURÍCIO XAVIER, PUBLIQUEI, NA FOLHA DE VIÇOSA-MG, MEU PRIMEIRO LIVRO DE POEMAS, "PALAVRAS & SILÊNCIOS", QUE ME PROPICIOU, ENTRE OUTRAS COISAS, A ENTRADA NA UNIVERSIDADE PÚBLICA FEDERAL. AGORA, EM 2009, POR PROVIDÊNCIAS DO POETA, ADVOGADO E POLÍTICO ANTÔNIO FRANCISCO ALVES NETO, A TUPY PUBLICAÇÕES, DAQUI DE SAQUAREMA, EDITA MEU SEGUNDO LIVRO DE POEMAS, "ÁGUAS DE SAQUAREMA", QUE ME PREPARA PARA UMA DIGNA APOSENTADORIA. DEFINITIVAMENTE, MINHA VIDA É PAUTADA POR LIVROS!

HAICAI MARÍTIMO POSTERIOR

PORQUE SABEM SER
FONTE DE MINHA POESIA,
AS ONDAS SE APLAUDEM.

BILHETE AMOROSO

SOBRE A MESA, ONDE EU, DIA 8 DE AGOSTO DE 2009, AUTOGRAFARIA, NA CASA DA CULTURA WALMIR AYALA, EM SAQUAREMA, ENCONTREI UM ENVELOPE, CONTENDO ESTE BILHETE:
"LATUF, AQUI HOJE É O SEU CANTO
EM SUA VIDA,
CADA CANTO É UM CANTO
E EM CADA CANTO, UM ENCANTO".

ASSINOU-O NELSINHO, PINTOR DE SAQUAREMA E O MEU MAIS ANTIGO AMIGO SAQUAREMENSE, QUE FOI DESIGNADO PARA VENDER O LIVRO.

sábado, 8 de agosto de 2009

MENINA FACEIRA

VITORINHA PULOU A JANELA DO SEU QUARTO DE PRINCESA E FOI BALANÇAR-SE, COMO NUMA REDE, NUMA PALMA DO COQUEIRO EM FRENTE.

PRIMEIRO LEITOR

LENDO MEU NOVO LIVRO, "ÁGUAS DE SAQUAREMA", OTAVINHO, MEU FILHO, COMENTOU COMIGO: "VOCÊ DEVERIA MORAR NA PRAIA DE ITAÚNA, FRENTE AO MAR".
RESPONDI-LHE, APENAS: CARREGO O MAR COMIGO E ELE EXTRAVAZA NOS MEUS POEMAS...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

JORGE LOVISOLO, SIEMPRE!

Querido Latufinho,Mañana será la hora de la verdad de tu libro, y la hora de la verdad es como la hora del deseo: no tolera postergaciones. El tiempo del deseo es ¡Ahora!De ahí tu "excitación", que será coronada por el "éxito".Escribir un libro es un acto de strip-tease: pero el escritor, al final de la sesión -a diferencia de la garota que termina desnuda-, el escritor, te repito, termina vestido. Y tu ropa será de gala.Festejo a tu lado la bienvenida de la criatura.

A ARTE EM CARNE VIVA DE MAURO TAMBEIRO

A ARTE EM CARNE VIVA DE MAURO TAMBEIRO

Entra-se, de chofre, na cena da obra de Mauro Tambeiro, gaúcho, de há muito radicado em Saquarema-RJ; não se olha impunemente essa arte, que convoca o espectador, provoca quem a contempla, instiga o fruidor. Talvez a primeiríssima impressão seja a de que se está diante de um Toulouse Lautrec tropical, face a uma releitura carioca da cena da Belle Époque parisiense, cara-a-cara com a boemia fin-de-siècle. Com a metonímia do olhar e a demora da meditação, não se desfaz a impressão primeira, que se ratifica e se adensa, tendo-se em conta o tema insistente da noite do Rio de Janeiro, cidade sensual por excelência. Nessas noites pictóricas de boemia, quase se ouve a antiga canção “A volta do boêmio”, de Adelino Moreira, que retrata, plangentemente, esse tipo de vida: “(...) a alegria/ De saber que, depois da boemia/ É de mim que você gosta mais”. Theatrum vitae, as telas encenam a vida noturna da ex-capital federal, que mantém seu charme nada discreto; ondas do mesmo mar da volúpia que avassala na noite, cada tela é uma cena, com personagens conhecidos, reconhecidos, desconhecidos, conversando, discutindo, olhando-se, namorando-se e perdendo-se num horizonte indefinível. Há sempre um piano, num canto, no fundo, no centro do palco da noite: este piano representa, para além da música que exala e que só os personagens ouvem, a própria sensualidade exaltante da noite. Serão os atores notívagos extáticos, que assumem, ainda, uma atitude estática, porque posam para o pintor-voyeur, camuflado de boêmio, freqüentador da vida noturna da Lapa e de Copacabana, e que, algumas vezes, se insere, de algum modo, na tela, expressando a mesma face melancólica, quem sabe vazia. Mesmo em cenas de dança, os corpos entrelaçados estão quedos, quais estátuas extremamente narcíseas, que exibem sedutores contornos. O drama vislumbra-se no interior dos personagens, que as espessas camadas de tinta indiciam. De fato, trata-se de um expressionismo mais que acerbado, exacerbado, exagerado pelas trinchas, pela proporção e desproporção, por um equilíbrio instável, pelos tons, pelas cores fortes e quentes, em contraste com cores frias e pálidas, o verde-limão em antítese ao laranja, o branco e o preto em oxímoro, realçando-se o traço marcado e marcante do desenho, uma ou outra vez traçando uma linha cubista, que sublinha a expressão contundente. No fundo, descobre-se o palimpsesto do desenho de histórias em quadrinhos, onde a tinta pesa na leveza do ar, certamente enluarado, da noite.
Desde que moro, na mesma Saquarema, depois de anos vagando e estudando filosofia e línguas pela Europa hippie e alhures, conheço este pintor, que, para mim, tem muito de um mistério esquivo, vincado pela imponderável sedução da arte. Àquela época, ele assinava “Mauro Guimarães” (há cerca de seis anos, ele se rebatizou artisticamente) e foi com esse nome que apresentei, inclusive, na década de 80, uma de suas exposições, por mim denominada “Galeria de retratos”. A força do retrato continua vigorosa na atual face e fase de sua arte, que se reinventa, sem, todavia, perder uma identidade fulgurante. Para aquela individual, escrevi uma apresentação, intitulada “A arte erótica de Mauro Guimarães”. Nesta nova série de quadros - safra seminal -, o erotismo pulsa sempre, não só nas curvas dos corpos e no ambiente escuso das boates, como, sobretudo, no jogo das cores, onde predominam o magenta, o vermelho vivo, o preto enigmático. Mas esse jogo erótico torna-se mais sutil, um tanto sub-reptício, levemente insinuado, com certeza apenas aludido, para não virar clichê de um ambiente, onde os corpos se buscam e se desejam. Arte do desejo mais humano, demasiadamente humano, a pintura de Mauro Tambeiro fala a metalinguagem do desejo da própria arte. O retratismo anterior fica latente, porque, na pintura em tinta acrílica, o gesto escamoteia, como se trabalhasse uma pintura a óleo, uma técnica emplastada, com sobreposições.
Mauro Tambeiro pinta a cena noturna do Rio de Janeiro, cidade para onde veio, deixando a província natal, onde estudou belas artes na Universidade Federal de Santa Maria. Para morar e criar os três filhos, escolheu Saquarema, vila de pescadores da turística Região dos Lagos. Para o bem geral da cultura brasileira, trocou, há algum tempo, a profissão de bancário pelo árduo ofício da arte. Por que não pinta ele a noite saquaremense? A noite de Saquarema é o lual e, aqui, os personagens cotidianos são pescadores, surfistas, poetas, musicistas, artistas plásticos, bailarinos, que preferem a vida solar diante do mar absoluto. Nosso pintor reserva para a metrópole o álibi da boemia.
Quando se sai de uma visita ao ateliê saquaremense de Mauro Tambeiro, tem-se a sensação de uma releitura de Juarez Machado, com a nítida diferença, porém, de que o artista catarinense marca com humor ácido sua obra, vinca de um não sei quê de grotesco seus murais, ri-se, gostosamente, da condição humana, ao passo que o pintor gaúcho não ri nem faz rirem seus personagens circunspectos, apesar do ambiente boêmio; o fruidor da obra de Tambeiro não ri nem sorri: medita, fica pensativo, talvez sorumbático diante de algo com um quê de sublime. E guarda, no mais profundo de si mesmo, a alegria da arte, que ladrão algum rouba nem traça nenhuma corrói. Poder-se-ia parafrasear o filósofo alemão Theodor W. Adorno (1903-1969) e escrever que se está diante de um choro sem lágrimas. Não se sai impunemente de uma contemplação da arte de Mauro Tambeiro: aquelas imensas telas, de 1,30m/1m, são densas vitórias-régias que rodopiam, vertiginosamente, na imaginação e na memória de quem teve o privilégio de estar tête-à-tête, coeur-à-coeur, corpo-a-corpo com uma obra que grita nossa contemporaneidade, em toda a sua exuberância, em todo o seu frenesi, e, ao mesmo tempo, em todo o seu silêncio meditativo, com laivos certos de melancolia. Com todas as suas linguagens, a Arte é uma carne viva, à qual o artista empresta uma alma sonhadora. Artista com larga experiência no exercício diuturno da pintura e que vive a urgência de pintar, Mauro Tambeiro faz da noite carioca uma esplêndida palheta de corpo e alma.

VICTORIA LATIFA'S SECRET

"VÔ, VOU TE CONTAR UM SEGREDO!"
ENTÃO, APROXIMEI-ME DO ROSTINHO LINDO DELA, COLOCANDO MEU VELHO OUVIDO BEM PERTINHO DE SUA BOCA DE ROSA VERMELHA, E OUVI UM SEGREDO DE VITORINHA:
"VÔ, EU AMO MUITO VOCÊ. VOCÊ É BONITO!"

LUAR DE AGOSTO

TODOS ELES (RUSSOS ESTADUNIDENSES) ESTÃO ERRADOS.
A LUA É DOS NAMORADOS...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

AFORISM

PROTECT ME FROM WHAT I WANT.

LUIZ GONZAGA DE CARVALHO, MEU IRMÃO-GÊNIO

Vi e admirei a capa do seu livro e a contracapa, imagino eu, onde você está em pose de escritor. Desde os velhos tempos, no salão de estudos, perto do quarto do padre Silva e perto da capela, você é o escritor.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

FERNANDO PESSOA ORACULAR

"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce."

domingo, 2 de agosto de 2009

ROSEANA MURRAY (EN)CANTA

LATUF ANCORA SEUS POEMAS,
COMO BARCOS FEITOS DE LUZ,
NO MAR DE SAQUAREMA.
MAR IMENSO E SELVAGEM.
OS VENTOS DO COTIDIANO,
COM SUAS ESTRELAS E SONHOS E FLORES
ATRAVESSAM SUA POESIA:
OS POEMAS OSCILAM,
BELOS E OBLÍQUOS,
E NUNCA SE DESNUDAM POR INTEIRO.
HÁ SEMPRE ALGO QUE ESCAPA
A UM PRIMEIRO OLHAR,
COMO O MAR QUE ESCONDE
SUAS CIDADES SUBMERSAS E SEREIAS.

I AM THE KING OF THIS WORD!

A CADA VEZ QUE DESÇO O MORRO DA CRUZ (MIRANTE QUE PREFIRO CHAMAR DE BELVEDERE) EM SAQUAREMA -, CANTO ABERTA OU INTIMAMENTE: "O DONO DESTA CIDADE SOU EU...".
A CADA VEZ QUE CAMINHO NA PRAIA DE NOSSA VILA, CANTO AOS QUATRO VENTOS: O DONO DESTAS ONDAS SOU EU...
DEFINITIVAMENTE, SOU UM PRETENSIOSO AMANTE!

sábado, 1 de agosto de 2009

ANTÔNIO FRANCISCO ALVES NETO, POETA E IRMÃO NAS MUSAS

AGUAS DE SAQUAREMA

No dia 08 de agosto de 2009 será lançado em grande estilo o livro de poesias do Professor Latuf Isaias Mucci, às 20h, na Casa de Cultura Valmir Ayala, em Saquarema (antigo prédio da Prefeitura).
Latuf, com o seu Águas de Saquarema, presenteia a Cidade título, com versos próprios, singulares, dizendo ser ela a única entre todas que lhe arrebatou por inteiro e definitivo. Como um monge pós-moderno, canoniza num paradoxal enredo a cidade, que transforma em musa, como se somente ela existisse a seus olhos.
Ouvi do Poeta que Àguas de Saquarema “é um gesto de gratidão para com a cidade que o acolheu”, e certamente o eternizará como seu filho do coração.
Conclamo a confraria a participar do evento, que demonstra claramente que a poesia está cada vez mais viva para quem tem o que dizer.

Antonio Francisco Alves Neto
Poeta
Membro da Academia de Letras Rio Cidade Maravilhosa
e da Academia Saquaremense de Letras

JORGE LOVISOLO, ESCRITOR ARGENTINO

Querido Latufinho, con sumo placer me gustaría estar presente a propósito del Manifiesto Brasil Literario, pero después del viaje de abril-mayo, los recursos son escasos.Acabo de entrar a tu blog donde se pueden encontrar perlas de la cultura, y veo que estás feliz por la presentación de "Aguas de Saquarema", felicidad que me gustaría compartir acompañándote en ese evento: sé lo que valen nuestras criaturas de la sensibilidad y de la razón.Aún oigo el eco o, mejor, la estampida, de tus poemas leídos en voz alta en casa de Ricardo:No sé por qué, pero en ellos sentía el misterioso rumor de las olas de Saquarema; era como escuchar un mar en sordina en la concha de un caracol. Tus poemas eran extractos oceánicos, pedazos de mar reducidos a tenues abreviaturas. Joseph Conrad -ese entrañable marinero vocacional- habría hecho de tus poemas-caracoles sus audífonos más preciados. Celebrando tu alegría te mando un abrazo con brisa marítima.Jorge

Manifesto por um Brasil literário, Bartolomeu Campos de QueirósJunho de 2009

Manifesto por um Brasil literário
O Instituto C&A, se somando às proposições da Associação Casa Azul – organizadora da Festa Literária Internacional de Paraty -, à Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, ao Instituto Ecofuturo e ao Centro de Cultura Luiz Freire, manifesta sua intenção de concorrer para fazer do País uma sociedade leitora. Reconhecendo o êxito já conferido, nacional e internacionalmente à FLIP, o projeto busca estender às comunidades, atividades mobilizadoras que promovam o exercício da leitura literária.
Reconhecemos como princípio o direito de todos de participarem da produção também literária. No mundo atual, considera-se a alfabetização como um bem e um direito. Isto se deve ao fato de que com a industrialização as profissões exigem que o trabalhador saiba ler. No passado, os ofícios e ocupações eram transmitidos de pai para filho, sem interferência da escola.
Alfabetizar-se, saber ler e escrever tornaram-se hoje condições imprescindíveis à profissionalização e ao emprego. A escola é um espaço necessário para instrumentalizar o sujeito e facilitar seu ingresso no trabalho. Mas pelo avanço das ciências humanas compreende-se como inerente aos homens e mulheres a necessidade de manifestar e dar corpo às suas capacidades inventivas.
Por outro lado, existe um uso não tão pragmático de escrita e leitura. Numa época em que a oralidade perdeu, em parte, sua força, já não nos postamos diante de narrativas que falavam através da ficção de conteúdos sapienciais, éticos, imaginativos.
É no mundo possível da ficção que o homem se encontra realmente livre para pensar, configurar alternativas, deixar agir a fantasia. Na literatura que, liberto do agir prático e da necessidade, o sujeito viaja por outro mundo possível. Sem preconceitos em sua construção, daí sua possibilidade intrínseca de inclusão, a literatura nos acolhe sem ignorar nossa incompletude.
É o que a literatura oferece e abre a todo aquele que deseja entregar-se à fantasia. Democratiza-se assim o poder de criar, imaginar, recriar, romper o limite do provável. Sua fundação reflexiva possibilita ao leitor dobrar-se sobre si mesmo e estabelecer uma prosa entre o real e o idealizado.
A leitura literária é um direito de todos e que ainda não está escrito. O sujeito anseia por conhecimentos e possui a necessidade de estender suas intuições criadoras aos espaços em que convive. Compreendendo a literatura como capaz de abrir um diálogo subjetivo entre o leitor e a obra, entre o vivido e o sonhado, entre o conhecido e o ainda por conhecer; considerando que este diálogo das diferenças – inerente à literatura – nos confirma como redes de relações; reconhecendo que a maleabilidade do pensamento concorre para a construção de novos desafios para a sociedade; afirmando que a literatura, pela sua configuração, acolhe a todos e concorre para o exercício de um pensamento crítico, ágil e inventivo; compreendendo que a metáfora literária abriga as experiências do leitor e não ignora suas singularidades, que as instituições em pauta confirmam como essencial para o País a concretização de tal projeto.
Outorgando a si mesmo o privilégio de idealizar outro cotidiano em liberdade, e movido pela intimidade maior de sua fantasia, um conhecimento mais amplo e diverso do mundo ganha corpo, e se instala no desejo dos homens e mulheres promovendo os indivíduos a sujeitos e responsáveis pela sua própria humanidade. De consumidores passa-se a investidores na artesania do mundo. Por ser assim, persegue-se uma sociedade em que a qualidade da existência humana é buscada como um bem inalienável.
Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância. Tais substâncias são também pertinentes à construção literária. Daí, a literatura ser próxima da criança. Possibilitar aos mais jovens acesso ao texto literário é garantir a presença de tais elementos – que inauguram a vida – como essenciais para o seu crescimento. Nesse sentido é indispensável a presença da literatura em todos os espaços por onde circula a infância. Todas as atividades que têm a literatura como objeto central serão promovidas para fazer do País uma sociedade leitora. O apoio de todos que assim compreendem a função literária, a proposição é indispensável. Se é um projeto literário é também uma ação política por sonhar um País mais digno.

La palabra amenazada, Ivonne Bordelois

Los guaraníes llaman al hombre, único animal munido de palabra: Sonido de pie.
Y este mundo no nos quiere de pie, si no que nos quiere constantemente arrodillados, sordomudos, y en posición de esclavos y mendigos.
En las escuelas se ha dejado de leer, de escribir, de atender al lenguaje en la fuente natural de sus canciones, sus escritores, sus poetas. En la mayor parte de sus programas se ha desterrado la costumbre de la composición, lo que desemboca en que los jóvenes llegan prácticamente ágrafos a las puertas de la Universidad, sin saber redactar, ni expresar pensamientos o emociones. Yo diría que con esta actitud estamos atentando frontalmente no sólo contra la tradición e identidad del español, sino contra nuestra propia constitución emocional. Hay un genocidio permanente que va cercenando las alas del futuro para toda la próxima generación.

ORAÇÃO DE MINHA INFÂNCIA

EU VI MINHA MÃE REZANDO
AOS PÉS DA VIRGEM MARIA.
ERA UMA SANTA ESCUTANDO
O QUE OUTRA SANTA DIZIA.